A noite do neném



Em débito altíssimo por não ter explicado onde e como passou uma noitada fora de casa, Zé Sinval se virava para me fazer esquecer a grande dívida e foi aí que começamos a beber todas as cervejas com alguns bons e velhos amigos.

Nem sei como e de quem surgiu a ideia de seguirmos dali imediatamente para o Jorro, a 260 km de Salvador. Coisa de bebum. Todos toparam e recorremos ao dono do bar para um empréstimo, até porque os bancos eletrônicos ainda não eram tão comuns.

Resolvida a questão financeira, saímos do Chame-Chame direto para o Saygon, bar situado nos Pernambués, onde estava tocando Fred Menendez, o velho amigo e ídolo de Araca. Não sei até hoje porque, mas a carteira de Zé Sinval estava com Araca. Dali, pegamos a estrada, altíssimos e cantantes, e paramos para o pernoite em Feira, no Hotel Senador, onde Irepinga ficou só num apartamento, mas dormiu debaixo da cama.

Chegando no Jorro, ficou decidido: cada dia Irecê dormiria no quarto de um dos casais. Na primeira manhã seguinte ele disparou: “Não deixei ninguém fazer neném”. Na noite seguinte, o outro casal se armou com um arsenal de cervejas e ele dormiu feito neném. Uma comédia!

Vale-transporte
Na praça do Jorro, tomando outras geladas, Irepinga pragueja: “quero que alguém me explique o que eu vim fazer aqui” (risos). De vez em quando repetia isso e pedia: “Alguém tem aí ao menos um vale-transporte para me dar?” (mais risos). O cara era mesmo um grande companheiro, divertidíssimo.

Comentários

  1. O melhor da estória, Jô, vc não contou: nossa entrada, de braços dados, no Saygon, "duas Ladys". kkkkkkkkkkkkkkkk
    E o mandú, vai dormir com quem? kkkkkkkkkkkkkkkk
    Ah! E Pinga ainda encantou um tocador de teclado que tocava Borbulhas de Amor. Credo! "Coisa mais linda do mundo" kkkkk
    Não era mesmo o dia dele.

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  2. O Saygon era lugar de "lébisca", hoje GLS, e vocês não sabiam.

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  3. Esse povo agora só vive mesmo de reminiscência. Tá ficando mesmo véio.

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  4. Pois é moniquinha, deixei uns detalhes desta história para render nos comentários. Quem me lembrou esse momento hilário foi o seu comentário sobre a pérola de Irepinga ("Se papai, for, papai vai"), ligando para Júlia. E as nossas mentiras para justificar mais um dia no Jorro, em pleno dia útil, lembra? kkkkkkkk... Deta, você tem razão, quando comecei a lembrar esse caso caí na real: tô véia. Ainda bem. E fique na sua também minha senhora, que eu tenho um montão de loucuras nossas para contar. Lembrar os bons momentos é revivê-los. Araca, esclareça de uma vez esse enigma da carteira de Sinval. Por que ela foi parar na sua mão?

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  5. Colé, Deta? Vou contar o forró que fomos juntas, na Paralela, no fusquinha, que voltamos de manhã com os pés cinza de tanto arrasta-pé, direto para a padaria tomar café. Cê tb tá véia, minha filha. Como disse JÔ, graças a Deus - só não fica véio quem morre cedo.
    Araka, quer dizer que as "ladys" desfilaram de braços dados num bar de "lébisca"? kkkkkkkkkkkkkk
    Eu e Pinga, não sei qual dos 2 era pior no telefone, ele com Júlia e eu com Clara : "Jorro é no Brasil, minha filha, amanhã mamãe volta". kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

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  6. Monica, fique na sua, não comece não...
    Bj.

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