Canta, canta minha gente!


“Na madrugada, vitrola rolando um blues, ...” E a manicure dos salão de Tânia, minha irmã, cantarola completando:
-...tocando de biquíni sem parar.

Não acredito no que ouço e faço ela repetir:
- Como é mesmo esse trecho aí da música?
Ela repete toda se achando:
-Na madrugada, vitrola rolando um blues, tocando de biquíni sem parar.

Não dá pra não rir disso. Tá certo que a moça nunca tenha ouvido falar de B.B King, “o cara” do blues, mas qual o sentido do biquíni na frase?
Foi a palavra que ela encontrou mais parecida, foneticamente falando.

Maria Creuza (foto) é PHD nessa arte de cantar como bem entende e Irepinga sempre se gabava dessa habilidade de irmã. “Boneca de prato, pedaço de zinco”, faz sentido? E “escovão Senegal região, escovão Senegal região”?

Outro dia vi uma criatura cantarolar: “estrela informante gente”.
Não me agüentei. Como é mesmo essa estrela dedo-duro?
Eu nunca vi nada igual, de repente!

Comentários

  1. Bira Paim estava tocando num bar em Lauro de Freitas. No intervalo um cara pediu pra dar uma canja e logo na primeira largou Asa Branca assim : "Bandoleiro terra adentro numa noite de São João,,,," Na segunda mandou outro clássico Travessia assim : " Solta a vó na estrada..." E finalizou com Rosa (Tu És) de Pixinguinha desta forma : "...sepultas o avô, o riso , a fé , a dor, em sandalos olentes..."

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  2. Já falei por aqui que José Irecê era mestre em corrigir os cantadores equivocados. Ele dizia: "Não é assim não, animal..."
    Uma vez Pedão (o querido e saudoso Pedro Matos, que também foi embora cedo demais, no mesmo ano, fico puto, não gosto nem de falar nisso) estava cantando: "ao sair do avião..." Tomou uma dura de Irecê, que corrigiu no ato: uma coisa mais ou menos assim, não tenho certeza: "açaí... gavião..."
    Eu estava perto, fui solidário com Pedão: me desculpe, Irecê, mas eu também só canto assim: "ao sair do avião..."

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  3. Um trio elétrico furreca em 82 na Castro Alves, meio dia, mandava : "a manga rosa eu quero o gosto e o prumo, melão travoso um saco de juá, jaboticava teu olhar noturno, beijo travoso de umbu cajá. Pele macia pedaço de caju, morena doce, doce mel , mel de urubu, linda morena fruta de vez temporada, cana de cana caiada vou de derrubar. Morena tropicana..."

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  4. Eu também já ouvir trocando de biquine ao invés de tocando. Pobre do B.B King...rsrs. Ah sim, tenho mais outra, numa roda de violão uma amiga largou "Um homem prá chamar Dirceu, mesmo que seja eu..."

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  5. E Clara (mas é bom deixar claro que minha filhota era bem menina): "Olodum abriu o berreiro, atacou em Salvador...".
    Minha prima Ana cantava "Bahia do supermercado / subida de Conceição" kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

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  6. Jadson, Elcie disse que ia comentar, mas ficou com preguiça, então digo por ela,imitando Irepinga: Não é assim não, animal!Nem "ao sair do avião, nem açaí "guardião", é guardiã kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

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  7. kkkkkkkkkkkkk...Mônica, eu já tinha esquecido dessa de Clara, ótima. Era muitoengraçado ela cantando toda se achando.

    O Dirceu hein, Simoa? Tá com a bola toda kkkkkkkkkkkkk

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  8. Ao sair do avião, é, na realidade: "açaí, guardiã" da música Açaí, de Djavan.
    Com as músicas desse môço alagoano, ou melhor, com as suas letras, muita gente se atrapalha. Por exemplo, tinha um nordestino que cantava Sina assim: "minha princesa.. ah! não vou na natureza" quando, na realidade era "art nouveau da natureza". Também, quem mandou... o Djavanês a gente capta e interpreta como quer ou é possível.
    Vá lá entender o que o homem queria dizer com: "obi obá/ que nem zen/ czar, shalom, jerusalém/ Na relva rala meu arerê, tombara..." Mistura de culturas? Melhor sair do avião! Saudades de Irecê...

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  9. Gente adorei e morri de rir com esse "canta canta minha gente". Valeu! Beijos em todos. Lena

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