Editora do blog leva bronca logo de saída

Carmela Talento


Já que vocês me botaram na roda e estão cobrando participação retomo os causo dos bons tempos de redação de jornal. No século passado (adoro lembrar isso) exerci a função de editora de política na Tribuna da Bahia. A dona do Pilha Pura resolveu enveredar pela cobertura de política.

A realidade é que naqueles bons tempos, além de jornalismo a turma gostava mesmo era de ficar britando e contando vantagem no Abaixadinho, um boteco quase em frente ao prédio do jornal, na Djalma Dutra. Quando um editor ou repórter sumia da redação era certo que estava por lá.

Galera da Tribuna da Bahia no século passado
(Mônica, Isabel, Joaninha, Carmela e Sinval)
em protesto no último 2 de Julho contra a recente cassação do diploma

Não raramente flagrava “Ipezinho” o contínuo da redação, com copo plástico com bebida alcoólica, e quando perguntava o que era, ele alegava que era café que alguém tinha mandado comprar. A turma botava mesmo prá quebrar.

Na época ainda não existia celular e muito menos computador para passar e-mail. O que restava era ligar mesmo do bar dando uma desculpa para justificar a ausência ou comunicar que estava chegando com atraso.

Em um dos primeiros dias na editoria, Joaninha saiu com duas ou três pautas para cumprir. No meio da tarde liga dizendo que tinham furado, (em linguagem dos jornalistas quer dizer que não foram cumpridas), sendo assim entendia que não precisava voltar para a redação. A resposta foi curta e grossa: Você já viu furar pauta de política? Volte que vou lhe passar a lista de todos os deputados, senadores e vereadores. Vamos ver se não consegue fazer uma matéria. Poucos segundos depois da ligação, chegou com cara de poucos amigos, sentou perto do telefone e de lá só saiu com a matéria pronta. Detalhe: tinha ligado exatamente do Abaixadinho onde pretendia começar o expediente mais cedo, certamente com o meu aval.

Comentários

  1. Carmelita, também não se esqueça que o Abaixadinho já salvou a gente muitas vezes. Quando Tancredo caiu doente, na véspera da posse na Presidência, por exemplo, nós soubemos da bomba lá mesmo, no Abaixadinho de Zé, portanto praticamente ainda na Tribuna. Foi só interromper a farra e voltar à redação. Resumo, sob todos os pontos de vista, o Abaixadinho só nos fez bem. Morro de saudades.

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  2. Boa lembrança Jadson. Não tem como fala da Tribuna e do Jornal da Bahia deixando o Abaixadinho de fora. Bons tempos.

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  3. Xi, patroa, que entrega! Carmelinha não respeitou a dona do blog e entregou legal. E no dia que o presidente do TRE (como era mesmo o nome dele?) comparou ela com "jornalistas mal cheirosos", ou coisa parecida? Ela chorou o dia todo. Logo ela, tão cheirosinha e limpinha....
    Aqueles tempos de Tribuna foram mesmo de muitas estórias e o Abaixadinho, então...

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. Deletei a postagem anterior por um erro, mas o que eu queria dizer é o seguinte:

    Aquele juiz era uma abominável criatura que protagonizou um dos episódios mais ridículos de agressão e desrespeito a um profissional da imprensa. Mas o Abaixadinho foi palco mesmo de muitas boas e inesquecíveis histórias, como no dia em que Janio Lopo encheu a cabeça de Chico, inventando que Mônica estava caidinha por ele. O cara cercava a moça de todo jeito e ela queria matar Janio (kkkkkkkkkkk).
    O "chelp" de Carmela foi retado mesmo, mas com ela aprendi muito e me tornei uma profissional responsável, mas sem perder jamais a disposição para a farra, muitas delas acompanhadas da minha rigorosa editora. Lembra do nosso interminável almoço do Palace, Carmelinha?

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  6. kkkkkkkkkkkkkk pior é que o táxi não chegava nunca. Vou lembrar de outras histórias do Abaixadinho, do Quintal, do Idearium, de David...
    Pô, é muito bar pra lembrar...

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  7. Xi, Mônica, já que estamos vivendo de lembranças? (rsrsrs) Felizmente, como diz você, são muitas e boas coisas pra lembrar e boas de contar.

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  8. Um dia desses conto a saga do táxi e do dois de julho.

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  9. Que pena que não trabalhei na redação do Tribuna ( lá, não passei da revisão)...! Quem sabe, viesse a me converter em uma boa biriteira, fazendo jus, hoje, ao meu tão carinhoso e propalado apelido.

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