Crianças, essas adoráveis criaturas




Carmela Talento



Essa é em homenagem ao dia das crianças e remete ao tempo que diploma de jornalista valia alguma coisa, quando a categoria protestava e até fazia greve. Alias, os sindicatos todos eram mais ousadas, as campanhas salariais animadas, coisas do século passado.

O ano não sei precisar o que dá a devida dimensão da distância do fato, mas foi uma das primeiras greves quando ainda se discutia reajuste salarial nas redações.Os patrões entraram na justiça para julga a legalidade do movimento e também contestavam o percentual de reajuste pleiteado pelo sindicato.

No dia do julgamento estávamos todos lá. Eu, com Bruno(meu primogênito) a tira colo, entrei no salão da Justiça do Trabalho e ocupei um lugar estrategicamente próximo à saída. O burburinho era total, de repente entre Juiz com sua toga e o silencia se restabelece. Do fundo da sala uma voz de criança propaga: chegou Batman!, riso geral, a clava bate forte sobre a mesa pedindo silêncio. Falei no ouvido do garoto que deveria ficar quieto para não atrapalhar o julgamento. Demonstrando mais interesse com o que estava acontecendo lá na frente do que com o que eu dizia, anunciou: agora chegou Robin! Era um cidadão de baixa estatura com uma capa preta carregando vários processos que seguia apressadamente em dirigia à mesa onde estava o juiz. Sem conter o riso peguei Bruno pela mão e deixei o recinto antes que outros super-heróis aparecessem.

Comentários

  1. Carmelita, lembra o clássico "o Rei está nu".
    Apesar de achar que quanto ao "adoráveis" há controvérsias, estou virando fã do Bruno criança.
    Quanto à pasmaceira dos movimentos sociais, vamos considerar que é uma má fase no Brasil. Na maioria dos países da América Latina, a coisa está fervendo.

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  2. Esse fã clube de Bruno está bombando. Até tú, Jadson?

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  3. O menino Bruno merece um capítulo especial, munição é o que não falta. Êta criatura que tem história!!!!

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  4. Desculpa, Jô. Peguei carona no seu computador e saiu como se o comentário aí em cima fosse seu.

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  5. Realmente ele aprontava. Certa feita foi com Antônio Jorge para uma Assembléia no Sindicato de Jornalistas, grampeou todos os documentos para desespero de Anísio Felix que levou vários dias blasfemando e tirando grampo de documentos.

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