"Retalhos coloridos"




















Faço uma pausa na Pilha, hoje, para apresentar a vocês um exemplo de vida, uma lição de alegria, de uma mulher retada e extremamente solidária. Falo de uma tia minha, Elita Costa, que aos 83 anos de idade lançou recentemente um livro contando sua vida. “Retalhos coloridos” é também histórico, pois entre as diversas aventuras vividas por ela está a interessante passagem por Jeremoabo, no Sertão baiano, quando tinha apenas 5 anos de idade e testemunhou as perseguições ao bando de Lampião. Como pra criança tudo é novidade, ela não se intimidou de correr para a praça para ver os militares exibirem, como um troféu, a cabeça de um dos cangaceiros, apelidado de “Açúcar”.
Com uma memória de dar inveja a muitos jovens, ela conta com detalhes quando conheceu o grande amor da sua vida, meu tio Miguel (ou melhor, tio do meu pai). Ela com 17 anos e ele já viúvo, 17 anos mais velho. Eles viveram um lindo caso de amor verdadeiro, daqueles de novela, durante pouco mais de 20 anos e tiveram quatro filhos. A superação pela morte dele é outra lição retratada no livro, pois o amor e a admiração dela por ele permanecem inabaláveis. Festeira, apaixonada pelo mar e alegre como ela só, tia Elita teve outro relacionamento recente. Mas esta é outra história contada no livro.
Os netos encontram nela uma amiga e parceira, bem diferente daquela vovozinha que faz tricô para passar o tempo. Por falar em tempo, difícil é encontrá-la em casa, como conta Jaciara que penou para entrevistá-la. Entre as mil atividades, cuidar de velhinhos de um abrigo em Amaralina. Quem quiser conhecer um pouco mais, tenho o livro. Vale também ler a matéria feita por Jaciara no blog À Queima Roupa. O endereço é http://aqueimaroupa.com.br/?p=6511

Comentários

  1. Primeirona no livro. Custa quanto?

    O blog À queima roupa está entre os nossos favoritos aí do lado esquerdo da página. Quem quiser pode entrar por aí também.

    ResponderExcluir
  2. Custa nada, comadre. Empresto com prazer. Mas quem tiver interesse em comprar, tem que ser diretamente com ela. O lançamento foi bem íntimo, só para a família e amigos. Acho que ela não tem noção da importância desse trabalho.

    ResponderExcluir
  3. Belo exemplo para muita gente que fica pelos cantos da casa chorando "pitangas".

    ResponderExcluir

Postar um comentário