Lavando a Alma

A Lavagem começou cedo, com minhas ligações para Mané Porto e Araken. E foi o velho Araka quem concordou em passar no meu barraco para irmos juntos. Ele e o seu genro, o garoto Ricardo, batizado por mim e pela baiana, que toucou-lhe água-de-cheiro na cabeça, embora sob os protesto de Araka, para quem aquele tipo de água é proveniente do Dique do Tororó. Pois bem: chegamos à Conceição, não antes sem pegar Quezinha de Miranda, na descida da Contorno. Mas Quezinha se perdeu logo, na entrada da Miguel Calmon. Logo,logo encontramos Alberto Boca e Mané Porto. E tome-lhe andar em dirção à Colina. Para aqui, para alí e eu cumprindo minha promessa de só beber alcool depois que rezasse.

No Largo dos Mares a bela Márcia e uma amiga juntaram-se a nós. E para alí, e para aqui e chegamos à Colina. Oxalá abra os caminhos desses meninos, meu Pai. E rezamos, rezamos. Até Araken rezou. E ouvimos coisa: "Maconha, sim; Cocaína, não", bradava um devoto. Missa terminada, banho de cheiro tomado, fomos em direção ao topo Sagrado. Depois de uma tentativa frustrada de acender um no Belvedere ficamos alí, na Esquina da Malhação. Foi pura diversão. Amigos vários passando e parando. Outros só passando, como o GOV, o pilantra Gedelício (que ouviu, novamente, o que não queria. Ou queria), Grampinho - logo depois de ser arrancado de um carro por alguns demoníacos foi devidamente vaiado pela galerinha.

E tome Skol e tome fumaça, e tome barulho nosouvido, que depois que tiraram as barraquinhas de madeira o que se ouve (?) é um zum-zum-zuum dos inferno. E aquela festa toda, todo mundo é igual (uns mais que outros), todo mundo é legal (uns bem mais que outros) e lá fomos nós, em direção ao Estaleiro pegar a embarcação que nos levaria a um aprazível paseio pela BTS, até o Porto da Barra, onde a trupe desembarcou rumo ao Red River. Bom, já chega, para quem está resenhando uma coisa que já aconteceu. Mesmo assim, valeu. Até a próxima Lavagem. Ah, ia esquecendo. Encontrei Protógenes vestido com uma camisa, idéia minha: Lavagem Só a do Bomfim. Com certeza, com cerveja.

Comentários

  1. Pena que não pude ir nessa embaixada.

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  2. Entra ano, sai ano e o espírito dessa galera continua! Maravilha!

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  3. tem razão, c
    mermo co's baruio nuzovido, a benção étilica é poderosa e energiza
    tô deveno ...
    Oxalufã me dará forças paroano

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  4. Carmel, parabéns por ter cumprido a promessa: sóbrio até a "Sagrada Colina"!Mas vc esqueceu de contar que pediu pra bandinha tocar "Meu amigo Chales Brown" e saímos dançando... (essa parte foi massa!)Obrigada pelo "bela" e paroano tudo-outra-vez ,com a benção de Oxalá e Yemanjá , voltando pelo mar, é claro! (Cadê a foto??)

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  5. O pior ficou por conta de Arapinga, cheio de roupa e pose, que fez a embarcação encostar ao máximo perto da praia para não se molhar, mas acabou escorregando e caindo de costas na água.

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  6. Nossa lavagem também teve "benção etílica", como diz o velho Fig. Eu, Jô, Délio, Iracema... tomamos todas e fomos parar no Pelô para a saideira. Depois de muitos anos trabalhando no dia da lavagem, foi delicioso voltar à fazer parte dessa farra

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