Bené e o charuto cubano




















Bené é figura extraordinária que nunca é esquecido no nosso meio (lá ele) de jornalistas. Por conta do seu texto no PP, antecipo-me em contar uma passagem da TB, antes que as versões circulantes na Assembléia cheguem a este espaço.


No governo Waldir os assessores ganhavam bem. Eu particularmente não tinha onde gastar, sem filhos etc etc. Comprei até um Voyage com o dinheiro do salário. Um carro bom para a época, 1987. Vivia no Baby-Beef, com Marquinho Moreira, Roque Mendes e Cia. Num dias desses, fui para o jornal fumando um charuto cubano, que me custou trintinha à época .


Quem fuma charuto sabe que reacendê-lo deixa um gosto ruim. Entrei na redação e fui diretamente para o fumódromo. As jornalistas focas começaram a reclamar e Bené, que fazia de tudo para agradar as damas, mandou IP, nosso secretário, pedir para apagar o bicho.


Ipezinho chegou no sorriso e no gingado característicos informando : "Araca, o chefe pediu para você apagar o charuto"


Respondi : " Diga a Bené que estou no fumódromo".


Passados 15 minutos, volta IP : "Ara, o bicho tá pegando"


Respondi : "Porra, esse Bené é foda!"


Mais 15 minutos, vem IP : " Arara, o chefe tá brabo"


Respondi : "Diga a ele que me custou 30 e que vou descer para o Bar de Pepe para terminar de fumar"


Meia hora depois, do que me aproveitei para beber dois Domecs, chega IP com ar grave e diz : "O chefe disse que você não precisa subir mais"


Esta é a verdadeira história da minha demissão, que entretanto durou pouco mais de 24 horas, graças a intervenção de Lúcia Bebert de Castro.

Comentários

  1. Há controvérsias!
    Testemunhos pilheirísticos se seguirão...

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  2. Paulo Bina, conta aí a sua versão. Eu me lembro da demissão e readmissão relâmpago do cara, mas sei que você tem mais detalhes bem diferentes... (rsrs)

    Bené, foi assim mesmo?

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  3. Conta aí, Bené, p/q Araka, depois dos tais Domecs, não lembrava mais de nada. E como história de bebum também não tem dono, vale a sua versão.

    Saudade de Ipezinho. Encontramos no enterro de Jânio, uma figuraça. Parece o mesmo menino que a gente perturbava.

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