Eleições II: Quem tá pagando a conta?

Quem vem acompanhando as eleições 2010, logo percebe a grandiosidade em que elas vêm se apresentando. Só pra vocês terem uma ideia, segundo informações da Justiça Eleitoral, a projeção de gastos médio por deputados estaduais no estado de Minas Gerais, por exemplo, em 2002, foi de R$ 510 mil em uma campanha. Em 2006, a média pulou para R$ 949.500, um aumento de 99%. Em 2010, o gasto médio informado ao TRE foi de R$ 2,875 milhões. Entre 2002 e 2010, o crescimento médio verificado na declaração das estimativas de gastos de campanha foi de 463%. Para presidente os principais candidatos de 2010 prevem gastos de 90 a 180 milhões de reais, valor que ainda pode ser ultrapassado.

Seguindo uma lógica de mercado, as campanhas para serem triunfantes necessitam hoje estarem em sintonia com estratégias vorazes de marketing e publicidade. Até aí nada de novo (talvez só o tamanho que a coisa vem tomando), mas o que isso nos faz questionar é: Quem tá pagando a conta?

O que se percebe é um grande número de empresas privadas, investindo pesado nas campanhas, não só das majoritárias, como para deputados estaduais e federais (vê site:www.transparencia.org.br). Ou seja, o candidato que se elege já entra na vida pública totalmente comprometido com as instituições privadas, e seguindo esse raciocínio, cada vez menos com as questões sociais, já que existe aí um conflito de interesse que surgiu desde antes de criarem a palavra “Capital”.

Diante desse quadro, resta saber como serão feitas as reformas (política, tributárias, etc), já postergadas e tão necessárias para o crescimento do nosso país. Meu palpite é que se deva começar pela política, essa sim parece ser hoje a única saída para que se tenha um pouco de democracia dentro das eleições “ditas” democráticas no nosso país.

Comentários

  1. Pois é...Reforma Política Já ! É só ver o estrago que os planos de saúde causam às famílias classemédia do país, e à própria saúde (vide o eterno empacamento do SUS) para ver que esse negócio de financiamento de campanha sempre sobra para o peão.

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  2. Também acho. Reforma política Já! A dinheirama que está correndo nessa campanha a gente ruas, mas a troco de que? Parabéns pela abordagem Simoa. A sociedade precisa reagir e exigir uma reforma política urgente.

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  3. Reforma Jáááááááá!!!! E pra mudar muita coisa errada, como a existência dos tais suplentes de senadores, quase sempre parentes, que não são eleitos pelo povo. A maioria sequer sabe quem é são os suplentes

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  4. Ops! eu quis dizer que a gente vê nas ruas.

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  5. É isso aí, companheiros, tanto dinheiro nas campanhas é sinal de que alguma coisa está podre.
    Vou um pouco mais longe: não vivemos sob um sistema democrático, e sim sob um sistema capitalista. Democracia só pra quem tem dinheiro.

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