De como um carlista queria ser um Buster Douglas




Jadson Oliveira

De São Paulo (SP) – Vocês se lembram de Buster Douglas, aquele que teve seus “15 minutos” de fama ao vencer o até então invicto Mike Tyson? Pois é.
O senador César Borges quis dar uma de Buster Douglas, mas, para o bem dos baianos, se estrepou, ou seja, não surpreendeu.

Mostrou simplesmente o que sempre foi: um ilustre sem-voto, que chegou ao governo da Bahia e ao Senado graças aos votos do seu padrinho político, ACM, não o filho, nem o neto, e sim o velho coronel que mandou no estado durante quase quatro décadas (“A Bahia é a razão da minha vida”, dizia).

Só um dado histórico para ilustrar e matar qualquer dúvida: um candidato seu a prefeito de sua terra, Jequié, ficou em quarto lugar (ou foi terceiro?, não tenho certeza).

Daí eu ter ficado intrigadíssimo quando o governador Jaques Wagner, reeleito agora com mais de 60% dos votos válidos, se empenhou, enfrentou a justa resistência de seus partidários, fez o diabo para ter César Borges na sua chapa. Não entendi patavinas, por que tanto empenho por um sem-voto?

Mas, como me considero um ignorante nos meandros político-eleitorais, ficava calado, pensando: será que o rapaz aprendeu a garimpar votos e descobriu alguma mina de ouro? E pensava mais: vamos aguardar o desfecho de 3 de outubro.

Agora, acabaram-se as dúvidas, sem-voto é sem-voto e a Bahia não pariu um Buster Douglas. Creio que os baianos se saíram bem: elegeram Lídice da Mata e Walter Pinheiro para o Senado.

Comentários

  1. A eleição desse ano foi bem melhor que a última, quando os candidatos eram todos crias de ACM: João Durval (o eleito); Imbassay; ACM filho (acho) e sei lá mais quem. Dessa vez, tirado no Neto, todo time de ACM foi enterrado de vez.

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  2. só uma nota de adendum, que eu saiba Buster Douglas hoje é pseudocelebridade em Las Vegas, gordo tira fotos com turistas. qual será o destino de Cesar Borges?

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