Nojeiras e retrocesso na campanha

Tiro pela culatra: Mônica Serra baixou o nível contra Dilma
e acabou tendo aborto  revelado na internet.
Estou enojada. Acho que só senti tanto nojo numa campanha quando vi a manipulação da Rede Globo para favorecer Collor no debate contra Lula e quando vi Miriam, ex-de Lula, na TV dizendo que o petista queria que ela abortasse a filha Lurian.

O jogo baixo para chegar ao poder a qualquer custo pode custar um atraso imensurável à sociedade, ainda mais quando associado a preconceitos e dogmas religiosos. E apesar do Estado brasileiro ser oficialmente laico, vemos crescer a influência de religiões, especialmente as cristãs, que agregam - em sua maioria - a população mais pobre, que pela própria condição (ou falta de condições) é presa fácil dos discursos religiosos oferecendo mundo e fundos depois da morte, já que em vida não se oferece nada mesmo a não ser a sacolinha do dízimo. Nada contra a fé dos outros, porque também tenho a minha, mas com distanciamento crítico dos templos e pregações.

Estudos estatísticos (não me lembro a instituição responsável e não quero parar agora para pesquisar e perder o fio da meada desse assunto que salta da garganta), divulgados recentemente, comprovam que quanto mais pobres e atrasados são os países, mas as religiões são fortes e ditam as regras. Mas nem precisa disso, porque a gente vê ao longo da historia da humanidade e na atualidade quantas guerras e atrocidades são reproduzidas e matam milhares em nome do Ser Supremo e da suposta vida eterna após a morte.

E agora, quando o Brasil, como disse bem a candidata Dilma Roussef, que nunca alimentou o ódio e a intolerância religiosa,  se desenvolve economicamente e socialmente, o desespero de Zé Vampir e da elite que o apóia volta com o mesmo golpe baixo: a questão do aborto e a religião. Jogaram pesado contra Dilma, dizendo que ela seria a favor, mas o tiro pode sair pela culatra, ou o feitiço se voltar contra o feiticeiro.

Revoltada com o jogo sujo do tucano, uma colega da mulher de Serra, Mônica Serra, que saiu espalhando que Dilma “mata criancinhas”, resolveu abrir o jogo. Veja matéria publicada no jornal Correio do Brasil 





Comentários

  1. É uma absurdo um país em pleno século 21 ter uma eleição marcada pelo obscurantismo, onde se coloca em pauta questões retrógadas alinhadas com posições de tais e tais religiões. Estou me sentindo em plena idade média quando a igreja junto com os reis tinham poder sobre o Estado. Como bem lembrou Jô o Estado é Laico, e um país que ainda se permite julgar seu próximo representante em detrimento de questões desse tipo prova o quanto falta caminhar em direção a liberdade e a democracia.

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  2. Vergonha é a palavra certa. Não dá pra acreditar no nível da campanha que estamos vendo, o bombardeio de argumentos preconceituosos contra Dilma, pela falta de uma proposta que possa suplantar todo o projeto colocado em prática nesses 8 anos do gov. Lula.

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  3. Só pra deixar claro obscurantismo promovido pelos tucanos que apelam para esse tipo de debate, já que se forem discutir programas e projetos perdem feio.

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