Barra de Serinhaém - um paraíso para quem ‘fugiu’do Carnaval

Isabel Santos
Enviada especial

Ao olhar o azulzinho do céu e do mar, pisando a areia branca e vendo ao fundo da paisagem, lá longe (em alguns trechos), os manguezais/coqueirais, não há como não pensar estar num paraíso. “Ê vidão”, diria nosso saudoso colega Reminho Pastore. Que gostoso, que deslumbrante!. Uma gratidão imensa a Deus por ter o privilégio de poder desfrutar de uma parte da natureza ainda preservada no nosso tão machucado Planeta.

Para deixar a folia pra traz (sim, porque ainda fica aquela vontade de dar os pulinhos atrás dos trios independentes, foliã número um que ainda sou, mesmo ‘fugindo’) só mesmo encontrando lugares como Barra de Serinhaém (serinhaém em tupi significa a panela de caranguejos), praia do município de Ituberá (cachoeira reluzente), no baixo sul da Bahia.

 Chegar a essa beleza é uma gostosa aventura. Por mar, são duas horas da cidade, via o Canal do Serinhaém – o encontro do rio com o mar. O barco, navegando em águas calmas, leva a bordo nativos, voltando da feira com suas compras, foliões de vários municípios limítrofes em busca de mais tranquilidade e turistas. Todos curtindo a brisa e a paisagem formada por lindos manguezais. Vez em quando, olhe lá umas casinhas das localidades e sítios, aos quais só se chega pelas águas.

Mas a aventura mesmo, que leva ao êxtase, é atravessar uma grande extensão de areia para chegar à praia. Portanto, é correr contra o tempo para não ‘deixar’ a maré subir. É pé no acelerador. Não é companheira Elcie?. Ela, Pedro e Flávio (nossos filhos) vivenciaram esse temor, mas deu tempo e os meninos adoraram e literalmente colocaram parte do corpo para fora da janela para curtir essa dádiva divina, tirando até fotos no celular. Uhrruuuuuuu! Que delícia... Não esperaram para contar tudiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiinho, quase sem respirar. O mesmo vivenciou Lucas, o filho do casal amigo, que nos fez o convite, Lílian e Gileno (e aí, casal 20, que tal um buraquinho?).

         Em Barra..., povoado de pescadores, nada de asfalto. É pisar na areia, saindo das casas, pousadas. A ‘ordem’ é obedecer às leis da natureza, seguir a sabedoria dos pescadores, dos donos dos barcos, que fazem os passeios pela Baía de ‘Camamun’ (Pedra Furada, Ilha Grande, Goió, Sapinho, Campinho... e tantos outros paraísos que o visitante quiser conhecer).


Também respeitar as dicas dos nativos proprietários das pequenas, simples e aconchegantes pousadas como a Pousada Recanto Natureza (www.pousadarecantonatureza.com.br), de Emerson Hora dos Santos, sempre atencioso com hóspedes ou quem ali chega para aproveitar as comidas caprichadas com frutos de mar e bebidas como a rosca de umbu-cajá. A turminha adorou curtir o caiaque.


Entre os poucos restaurantes na vila, destaque para o caseiro de Dona Lúcia, onde a  pedida é a moqueca de camarão com banana da terra. Depois é saborear como sobremesa, na sorveteria instalada num beco do vilarejo, um picolé de “fruta de verdade” (principalmente de graviola, né Cie?) vindo diretamente de Valença. No mais é fazer mais amigos e ficar cheio de vontade de retornar para conhecer mais esse lugar, onde todo o dia o sol levanta e a gente pode realmente cantá-lo...

Polêmica - Pena que mesmo numa localidade tão distante do burburinho urbano, já chegaram os adeptos do alto-falante no fundo do carro, tocando ‘aquelas’ músicas (sacou?), com todo respeito ao gosto de cada um. Mas que incomoda, incomoda. Este ano, também por ser eleitoral, fizeram Carnaval, num trecho da praia, com palanque e tudo. Muitos nativos e visitantes não gostaram. Entre os incômodos, a sobrecarga da rede elétrica, causando queda de energia.

Comentários

  1. Deu inveja, né, Araka? Mas sei que você conhece aquele paraíso e sabe que valeu a pena curtí-lo. Portanto...
    Dá um beijo nas filhotas.

    ResponderExcluir
  2. Agora vou xeretar a chefinha, que jogou duro na Mudança. Em 2103 o espaço vai bombar mais ainda. Figa!
    Valeu dar espaço para as 'fugidas'(rrssss)

    ResponderExcluir
  3. Depois de um aval desse, só deu vontade de arrumar a mochila e meter o pé na estrada, ou melhor
    tocar o barco pra frente. Quem sabe, um dia eu chego lá

    ResponderExcluir
  4. Bela fugida, Bel/Elsie/etc, pra ser completa poderia deixar os queridos rebentos com alguma tia, mas nem tudo é perfeito.
    Desculpe, de vez em quando tenho uma recaída dos velhos tempos em que queria fundar a Liga em Defesa dos Pais... (paro por aqui pra não me comprometer por demais)

    ResponderExcluir
  5. PÔ, Bel, realmente não sei o que aconteceu, mas eu comentei logo no dia que vc postou. O lugar é lindo e deu vontade mesmo de arrumar as malas, como disse Rubinho.
    Aliás, grande visita ao Pilha, Rubens Neuton sumido. Seja bem vindo. beijos

    ResponderExcluir
  6. Pois é, Monca, seus comentários são valiosos, sempre. Que tal fazer uma excursão promovida pelo Pilha? rrrrsss. Valeu

    ResponderExcluir
  7. Ok, Moniquinha,fiquei tocado por esse paraiso revelado por Bel. Um dia, quem sabe, ele pode estar ao nosso alcance
    Também fiquei feliz em manter contato com essa saudosa galera,sempre na dianteira da comunicação baiana
    Abs a todos
    RN

    ResponderExcluir

Postar um comentário