Na semana em que se comemora do Dia do Jornalismo, minha homenagem a Mesquita e Nery


Se os últimos dias não foram bons para a cultura com a perda de grandes nomes, para o jornalismo da Bahia também não foram fáceis. O mês de março terminou e abril começou com duas baixas. Primeiro foi José Carlos Mesquita, conhecido como Zé do Rádio, jornalista que  durante muitos anos atuou como repórter esportivo na Tribuna e também no Correio. Conheci Mesquita na Tribuna, uma figura tranquila, sempre na dele, amigo de todos.

No último domingo perdemos Moacir Nery. Um contador de estórias dos bons. Conversar com ele era sempre certeza de boas gargalhadas. Tem uma infinidade casos contados por Moacir que ainda hoje quando recordo fico sorrindo sozinha. Em uma tarde de trabalho estressante na redação da Tribuna, ele chegou dizendo que no final de semana levara o filho pequeno para uma festa de aniversário e que havia passado o maior susto. Logo perguntei o motivo pensando que havia ocorrido algum problema com as crianças, com o ar de preocupado, começou a contar que estava distraído olhando as brincadeiras, quando a molecada começou a correr em sua direção gritando: “rasga saco, rasga saco”, e ele foi saindo de fininho, pensou que seria o alvo do ataque da gurizada.

 Assim era Moacir, divertido, espirituoso, bem humorado e  com esse perfil incorporava o carnavalesco reconhecido, organizador de festas como a escolha da Rainha do Carnaval, Rei Momo e outras tantas. Fazia dupla com Anísio Félix, outro amigo que também se foi, juntos escreveram o livro, “Bahia ,Carnaval”, que guardo com muito carinho não apenas por terem incluído meu nome, sem nenhum merecimento, em uma relação onde foram citadas grandes personalidades do jornalismo e da cultura da Bahia, mas pela dedicatória que ambos escreveram ao me presentearem com  um exemplar. Sem dúvida, uma demostração explicita de amizade. Por tudo isso nessa semana que se comemora o Dia do Jornalismo, quero homenageá-los com um agradecimento: Obrigada Mesquita, obriga Nery, obrigada Anísio pela amizade de vocês. 




Comentários

  1. Ô, Carmelinha, bela homenagem! Conheci Nery quando entrei pra estagiar no JBa e fiquei lá por 7 anos. Aliás, conheci os 3 lá.

    Beijos, minha ídala

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  2. Ora,ora, os pilheiros estão voltando a se movimentar por aqui. Já estava pensando em cortar salários (rsrs).

    Carmelinha, você sempre sensível e tão carinhosa com os colegas. Bela homenagem. Aproveito também para homenagear, através da sua pessoa e de Mônica, todos os colegas bons profissionais, éticos e companheiros, que enobrecem essa profissão tão sacaneada, que precisa lutar pelo retorno do reconhecimento profissional, pelo retorno da obrigatoriedade do diploma, um instrumento não apenas de interesse da categoria, mas da sociedade, por exigir conhecimento e conscientizar para a responsabilidade com a comunicação social. Viva o jornalista! Queremos o nosso diploma de volta, ja!

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