Venezuela em período especial



Mirem como anda a paisagem na Praça Bolívar, meu canto predileto em Caracas
Nem só de eleições vivem nesses dias os venezuelanos. Na verdade, estamos, aqui e agora – mais precisamente de 10/agosto a 10/setembro – num período especialíssimo: são as férias escolares (estamos no verão, certo?). Significa que não há parque, não há praça, não há centro comercial, não há cinema, não há museu, não há feira de qualquer coisa, não há área de lazer e/ou entretenimento que não esteja “infestado” daqueles bichinhos barulhentos, irrequietos e “encantadores”.

Aqui são chamados “niños” e “niñas”. No Brasil, meninos e meninas (ou crianças). Me lembro dos meus velhos tempos, mais jovem e certamente mais impetuoso, quando eu afrontava as mentes mais sensíveis difundindo o lema de criação da Liga em Defesa dos Pais contra a Tirania dos Filhos. Às vezes fico na dúvida, mas me parece que a grande maioria dos pais e das mães me apoiava com verdadeiro júbilo.

Me lembro também dos cubanos, ah! os doces e amigáveis cubanos: o motorista em Havana alertando para os fumantes dentro do ônibus (cubano fuma, ou fumava, até dentro de elevador): “Hay niños, hay niños...”

Ah! como me importo com os “niños” e “niñas”! Ah! tão mole e rabugento meu coração!

“Pestinhas” traduz um tratamento carinhoso ou um desabafo dissimulado?

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