Ao saudoso mestre André Setaro

Revendo ontem, na telinha, A Princesa e o Plebeu, com Audrey Hepburn e Gregory Peck, tive mais uma sessão de encantamento com a atuação e o charme  dos protagonistas deste clássico. Não tive como não acordar lembrando do meu professor de cinema, no curso de Comunicação da UFBA, André Setaro, que na última sexta-feira, 10, completou um ano de sua morte, aos 64 anos, vítima de infarto. Deixou grande lacuna como crítico de cinema e muita saudade entre ex-alunos e todos que tiveram a oportunidade conhecê-lo. Figura ímpar: calma e irreverente, doce e contestadora, lúcida e doidona.

Na sua página , no Facebbok, Setaro também brincava
com a própria imagem em efeitos como este e outros
 hilários. 






Guardei esse rápido e último diálogo com o professor, via Facebook

"Atualmente as coisas mudaram. Grandes filmes da história do cinema podem ser adquiridos para se ter em casa. E há a possibilidade de baixar qualquer filme pela internet. Os preços dos DVDs são acessíveis a qualquer um, principalmente nos magazines espalhados pelos shoppings, onde se pode comprar discos a 9,90. Os cinéfilos têm seus filmes preferidos nas prateleiras de seus lares. O caráter fugidio desapareceu e a interferência no tempo é total. Se, antes, o espectador era um Escravo da projeção, hoje ele é Senhor do que está a ver." (André Setaro)


Trecho de conclusão do texto de André Setaro , intitulado "Psicologia da recepção" , publicado em seu Setaro's Blog.




Sobre o filme que inspirou essa singela homenagem póstuma, A Princesa e o Plebeu:  Ao visitar Roma, Ann (Audrey Hepburn), uma princesa, resolve "passear" anonimamente e se envolve com Joe Bradley (Gregory Peck), um repórter que, ao reconhecê-la, tem a oportunidade de um "furo".




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