“Capriles garante segurança e Chávez cenários de guerra”


El Nacional, um dos dois diários conservadores mais tradicionais da Venezuela (Fotos: Jadson Oliveira)
Numa banca da Av. Baralt, centro de Caracas, estavam expostos 19 jornais diários
Os jornalões venezuelanos apelam no vale-tudo da manipulação contra Chávez
 
De Caracas (Venezuela) – Que tal a manchete acima? É da primeira página do El Nacional, um dos dois jornais mais tradicionais do país (o outro é El Universal), edição da quarta-feira, dia 13, dizendo ser com base nos programas dos dois candidatos entregues quando da inscrição no Conselho Nacional Eleitoral (CNE, equivalente ao nosso Tribunal Superior Eleitoral/TSE). No texto da chamada de capa menciona as promessas do oposicionista Henrique Capriles (inscrito dia 10), inclusive falando contra a violência, e, quanto ao presidente Hugo Chávez (inscrito dia 11), os redatores dizem que “insiste em formar milicianos ‘para conflitos não convencionais’ e novos corpos de combatentes”.
 
(...) 
 
(Essa questão - número de manifestantes - sempre é escorregadia: se eu fosse perguntado, eu chutaria: cerca de 30 mil para Capriles e cerca de 50 mil para Chávez. Me lembro dos velhos tempos de repórter em Salvador, Bahia, época da ditadura: nas coberturas de comícios, manifestações e passeatas, os repórteres dos diversos diários combinávamos o número estimado: se fosse da oposição, a gente espichava pra cima, se fosse qualquer coisa a favor do governo, a gente espichava pra baixo. O pobre do leitor recebia a informação capenga).
 
Para ler mais no Evidentemente

Comentários

  1. Essas estimativas de públicos sempre foram tendenciosas, companheiro. Depois da Ditadura, aprendemos, como repórteres, a publicar as estimativas da polícia militar e dos organizadores dos eventos (uma forma da gente tirar da reta), que às vezes apresentam diferenças absurdas. Quanto aos jornais impressos da Venezuela, chama atenção a quantidade de diários: 19, três dos quais governistas.

    O site G1 - Globo, conta aqui a inscrição de Capriles e faz um breve perfil do opositor de Chaves, que chega dá arrepio.
    "A projeção de Radonski na vida política começou no partido democrata-cristão Copei. Aos 25 anos assumiu o cargo de Presidente da extinta Câmara de Deputados, durante o governo de Rafael Caldera, antecessor de Chávez.

    De origem judaica polonesa, sua família representa uma das mais tradicionais e ricas da elite venezuelana e está vinculada ao setor empresarial, incluindo a principal cadeia de cinemas do país, meios de comunicação, indústrias e imobiliárias.

    Solteiro, Capriles utiliza esse detalhe como arma para captar o público feminino. Se chegar à Miraflores, prometeu dar à Venezuela uma 'primeira-dama'."

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  2. Joaninha, observe que o número 19 é só de jornais diários que estavam naquela banca, pode até ter mais. Havia mais 2 que são semanais.
    Vc acrescentou boas informações sobre o Capriles.
    No seu discurso parece que ele disse não ser milionário, mas o que se diz é que é mesmo. Tenho umas anotações interessantes sobre seu discurso (extremamente vazio) e o contexto das duas incrições no CNE (o TSE daqui), mas não tô conseguindo acompanhar a agitação político/eleitoral daqui, é muita coisa e ainda problemas pessoais pra resolver.
    Sobre os marqueteiros brasileiros (vc fala lá nos comentários no Evidentemente), não sei se vc tá sabendo, o de Chávez é o baiano Patinhas, de Lula/Dilma.
    Vamos em frente, beijão.

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