Nesse vôo da crise econômica mundial só contamos com o pior: as manobras e piruetas de uma nave sem rumo, que sabe Deus onde nos levará.
A gente fica torcendo pelas previsões otimistas de que o piloto automático chamado “musculatura” econômica do Brasil nos dará um rumo menos dramático, mas especialistas internacionais nos colocam em polvorosa.
(Foto de Jorge Beinstein,
publicada em
É de arrepiar, por exemplo, a incerteza de Jorge Beinstein, economista argentino, professor na Universidade de Buenos Aires, autor de "Capitalismo senil, a grande crise da economia global", que publicou artigo na revista espanhola El Viejo Topo, traduzido por Katarina Peixoto.
Incerteza é o título do artigo, que recorre a outro (é sempre assim, ninguém afirma nada sozinho), publicado recentemente no jornal The Independent, em que Jeremy Walker resume: "Nos encontramos em um mar desconhecido, ninguém sabe para onde vamos. A única coisa que sabemos é que a tormenta econômica prossegue sua marcha".
Economia não é o meu forte, só entendo algo quando o salário não dá para pagar as contas que vierem mais altas do que o mês anterior, ou meus cartões estouram e sou obrigada a pedir novo empréstimo bancário, mas aí, quando acabo de quitar, aparecem novos aumentos, tudo sobe no supermercado e ainda tem as novas demandas de filho, de casa, de vaidades e coisas e tais ...
Mas o tal do Beinstein, diz: “Todos os precedentes capitalistas desta crise demonstraram-se inúteis na hora de entender o que está acontecendo. A imagem da "terra incógnita", do ingresso em um território desconhecido vai se impondo entre as elites das grandes potências”.
Cá pra nós, leigos, estamos perdidos! Se os caras especialistas estão dizendo que o “território é desconhecido”, é melhor a gente ficar ligado, apertar o cinto, colocar a máscara e, em nosso caso (brasileiros) torcer para o piloto automático “musculatura” driblar e amenizar a força das turbulências previstas.
Outra avaliação preocupante do especialista argentino:
“A ilusão da auto-regulação do mercado financeiro virou fumaça; os gurus da especulação se esconderam ou mudaram de discurso, pedindo ajuda a outros deuses: os da intervenção estatal, que eles, há umas poucas décadas, jogaram no baú dos velhos objetos inúteis”. Mas ele também conclui que de nada tem adiantado que bilhões de dólares, euros e outras moedas fortes que foram lançados ao mercado em espetaculares operações inúteis de socorro.
Ele associa outras crises à atual crise financeira, “umas mais visíveis ou virulentas que outras, convergindo até conformar um fenômeno inédito”. E cita o exemplo da crise energética com a queda de extração do petróleo, associada à crise alimentar. “Ambas assinalam a existência de um impasse tecnológico geral que se estende ao Meio Ambiente e ao aparato militar-industrial, todo ele concentrado e exacerbado a partir do colapso financeiro nos Estados Unidos, o centro do mundo”.
É longo e complexo o artigo do economista argentino que associa as crises a uma só, “sistêmica”. É a crise “do capitalismo como etapa da história humana”.
Não vou me alongar tentando interpretar análises e previsões de estudiosos. Só queria expressar aqui a minha preocupação, que deve ser a de muita gente.
( O texto a que me refiro está postado aqui em Arquivo do Blog para quem se interessar)
Como diz o próprio Beinstein "o futuro não será mais do mesmo", para alguns isso pode significar a tão esperada queda do capitalismo, assim como anunciado pelo nosso companheiro Marx, que fará ressurgir finalmente o socialismo tão sonhado. Infelizmente não sou tão otimista assim, prá mim a crise se coloca como a ponta do iceberg para uma situação de proporções muito maior a crise ambiental e energética, seria então mesmo o fim? Prefiro acreditar que não, ainda me sinto esperançosa ao ver o presidente Obama propondo universalizar o sistema de saúde dos EUA, ajudar os estudantes de baixa renda e finalmente implantar uma política de proteção ambiental diferente, que força a redução de emissão de poluentes na atmosfera. O futuro é incerto, mas como diria meu ilustre professor Gey Espinheira, falecido essa semana: "vamos falar de coisas que nos incomodam no momento, tanto na vida presente, que a vivemos, como na vida futura, cuja inquietação experimentamos no presente. No jogo do tempo, entre as lembranças do que passou e as antecipações do que está por vir, só existe o presente... São essas contradições que nos interessam, porque é a partir delas que se pode vislumbras mudanças sociais".
ResponderExcluirEconomia e política não, pelamordedeus. Socorro eu não quero morreerrrrrrrrrrrr!
ResponderExcluirUm amigo meu tem um complexo. Os dentes na frente formam uma espécie de bico, anomalia difícil de tratar. Tanto que ele desistiu. Quando fala, fala tapando a boca com a mão. Em qualquer lugar ou situação. Esses dias apareceu com uma dor terrível nas costas e foi consultar-se com uma ortopedista, mulher. Contou seu problema, sempre com a mão à frente da boca. A médica nada comentou, iniciou o exame, durante o qual este amigo meu foi relaxando, até o ponto em que já conversava com ela sem tapar a boca. Ao final ela pediu que ele vestisse a camisa e sentasse à mesa. Do outro lado, enquanto fazia anotações, ela se virou e disse :"Tá com cara de bico de papagaio". Ele revoltado respondeu : "E a senhora tá com cara de puta". E saiu batendo a porta
ResponderExcluirÔ Araka, aqui a gente pode falar de tudo, até de economia e política. Mas valeu piada (hehehehehe)
ResponderExcluirTinha que ser Araka. kkkkkkkkkkkkkk muito boa. Esse cara não toma jeito mesmo. Que figura!
ResponderExcluirJô,
ResponderExcluirQue pppppp de piada é essa com nosso Baêêêa, tá querendo ex-amigos é?
Ass: Elcie,Junior, Lúcio e Araka (o piadista)kkkkkk
Heheheheh... Pô galera, a piada foi só para provocar um pouquinho, porque eu sei que a galera do Baêêa não leva pra casa(hihihihi)
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