Foi retirado da pauta de votações do STF o recurso contra o diploma de jornalista, mas prossegue no plenário a apreciação da Adin contra a Lei de Imprensa.
A Executiva da FENAJ e a Coordenação da Campanha em Defesa do Diploma vão se reunir para traçar novas estratégias de continuidade do movimento.
A coordenação do movimento foi informada, às 16h45 desta quarta-feira (1º/04), que a pedido do presidente do Supremo Tribunal Federal e relator do RE 511961, ministro Gilmar Mendes, o advogado que representa a FENAJ e o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo na ação foi oficialmente comunicado da retirada do tema da pauta.
Não foi divulgada nova data para julgamento do recurso contra o diploma.
Dirigentes da campanha continuam no plenário do STF acompanhando a votação da Adin contra a Lei de Imprensa. “Após o Ato Nacional a Executiva da FENAJ e a Coordenação da Campanha vão definir novas ações, mas desde já a orientação é para que a movimentação nos estados e os preparativos para o Dia do Jornalista, 7 de abril, prossigam”, disse o diretor da FENAJ Luiz Spada.
(Fonte: site da FENAJ)
A Executiva da FENAJ e a Coordenação da Campanha em Defesa do Diploma vão se reunir para traçar novas estratégias de continuidade do movimento.
A coordenação do movimento foi informada, às 16h45 desta quarta-feira (1º/04), que a pedido do presidente do Supremo Tribunal Federal e relator do RE 511961, ministro Gilmar Mendes, o advogado que representa a FENAJ e o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo na ação foi oficialmente comunicado da retirada do tema da pauta.
Não foi divulgada nova data para julgamento do recurso contra o diploma.
Dirigentes da campanha continuam no plenário do STF acompanhando a votação da Adin contra a Lei de Imprensa. “Após o Ato Nacional a Executiva da FENAJ e a Coordenação da Campanha vão definir novas ações, mas desde já a orientação é para que a movimentação nos estados e os preparativos para o Dia do Jornalista, 7 de abril, prossigam”, disse o diretor da FENAJ Luiz Spada.
(Fonte: site da FENAJ)
Estou com os companheiros jornalistas na defesa do diploma. Primeiro, pela necessidade da formação humanística, segundo, pela necessidade de compromisso com a ética. Espera-se que nossas universidades estejam à altura de suprir essas duas ferramentas, as quais, no frigir dos ovos, podem ser consideradas uma única.
ResponderExcluirHá um aspecto que mata, pelo menos para mim, qualquer dúvida que porventura restasse. É o empenho dos patrões, os donos dos jornalões, os intolerantes donos da mídia em acabar com a exigência do diploma. Pra mim é simples, se os patrões querem é porque a coisa é ruim para nós, para a sociedade, para a maioria. Sou do tempo em que se dizia, como disse o grande Graciliano Ramos, que “todo patrão é filho da puta”.
Mas... tem sempre um mas, por falar em Graciliano, parece coisa de comunista.
Mas, dizia eu, não vamos exagerar, pelo amor de Deus, não vamos disseminar ilusões.
Me desculpem os companheiros, os colegas. Considerar a exigência do diploma como uma conquista contra os abusos dos patrões, tudo bem. Porém (pra não usar o “mas” outra vez), falar do diploma como conquista do “direito à informação independente e plural”, como está no manifesto da Federação Nacional dos Jornalistas, valha-me Deus!, aí já é demais! Será que os dirigentes da nossa Fenaj creem que os brasileiros gozam hoje, vigorando a exigência do diploma, do “direito à informação independente e plural”? Não acredito, seria ingenuidade demais!
É fácil perceber – pelo menos pra quem mexe com a notícia, as informações, isto é, a matéria prima dos jornalistas – que não dispomos de tais atributos nas notícias que circulam através de nossa mídia. Ao contrário, mesmo com o diploma, o que temos é um verdadeiro massacre de informações comprometidas e de viés único. Será esta afirmação uma temeridade? Sinto muito, não creio.
Liberdade de expressão, com a mídia que temos – concentrada nas mãos de pequenos grupos, algumas famílias, uma elite “branca, de olhos azuis”, para usar a última tirada do Lula – não passa de um palavrório vazio. Me arrepio todo – se fosse o Lula falaria da azia – quando vejo ou leio os empertigados defensores da “liberdade de expressão” se exibirem nas telas da TV ou nas páginas dos jornalões.
Liberdade de expressão, direito à informação independente e plural e função social da mídia (outra expressão utilizada no manifesto da nossa Fenaj) só terão sentido quando o povo brasileiro avançar na conquista do protagonismo político. Por enquanto, infelizmente, estamos longe.
Talvez um passo fundamental nesse rumo seja a construção de uma imprensa alternativa e comunitária, tarefa para a qual – me pesa dizê-lo – temos contado com toda a má vontade do nosso governo Lula. Creio tratar-se de um dos maiores “pecados” do Lula, pelo qual, aliás, ele próprio paga um pesado ônus. Mas o ônus que o povo paga é infinitamente maior.
Que nossa Fenaj defenda o diploma, ok, mas não nos iluda e, fundamental, não ajude a botar minhoca na cabeça do nosso povo.