Por Carmela Talento
O Abaixadinho era o boteco mais frequentado pelos jornalistas que trabalhavam no Jornal da Bahia e na Tribuna, no século passado.
Eu andava muito pouco por lá, primeiro porque tinha três filhos pequenos e quando terminava o batente a vontade era de correr logo para casa, depois eu não tinha carro e era difícil sair da Djalma Dutra de ônibus, a partir de certo horário.
Uma noite, não sei bem qual a razão, resolvi estacionar no bar para tomar uma cervejinha, talvez animada pela boa vontade de Domingos Souza, repórter de policia, que se prontificou em me dar carona.
Lá pelas tantas, Domingão me chama para bater em retirada. Sai achando que estávamos indo para carro dele. Mas que nada, de repente para do nosso lado uma viatura da polícia. Prontamente ele abre a porta e sem a menor cerimônia me convida para entrar.
Fique sem ação e totalmente sem jeito, eu, que não tinha costume de voltar de madrugada para casa, chegando aquela hora da noite em um carro de policia.
Não tive escolha, chegando ao Rio Vermelho, antes de dobrar a primeira esquina, fui logo dizendo que era lá que eu morava, desci do carro, esperei a viatura tomar distância e segui a pé até minha casa, uma atitude providência, pois as crianças estavam na janela esperando, procupadas com minha demora.
Olá, Carmelita, andar com o nosso Domingão é realmente uma temeridade. Mas o que me assustou mesmo foi a constatação de que a gente andava no Abaixadinho (grandes saudades!) no "século passado". O tempo... ah, o tempo, o que dizer? Temos que viver o hoje, o agora, do contrário, estamos f...
ResponderExcluirkkkkkkkkkkkkkk...Carmela, nem consigo imaginar a sua cara quando se viu dentro da viatura rá-rá-rá. Figura engraçada esse Domingão, principalmente quando chovia e ele chegava na redação todo sissi com a aquele casaquinho cinza de pelúcia kkkkkkkkkkk... (lembra Mônica?). A gente não se aguetava de rir. E o "bolachão" ( medalhão dourado) no pescoço, aí é que ele esnobava. E tem ainda aquela da dentadura que ele tirou e enrolou numa lauda amassada quando falava no telefone e a moça da limpeza jogou fora sem saber. Acho que foi assim. Ou foi Ipêzinho que sacaneou e escondeu?
ResponderExcluirCarmelinha, tô tendo crise kkkkkkkkkkkkkkkkk Eu tava pensando justamente no casaco de pelúcia, quando vejo que Jô lembrou da mesma coisa. Domingão é uma figuraaaaaaaaaaaça e quando se juntava com Vicentão, então......
ResponderExcluirEu não frequentava o Abaixadinho p/q minha religião não permitia kkkkkkkkkkk mas de vez em quando dava uma passada pra ver vocês hehehehe
Uma das melhores coisas desse blog é forçar cada um de nos a vasculhar a memória, relembrar episódios perdidos que certamente cairiam no esquecimento sem qualquer registro, não fosse essa iniciativa. Quando recebi o convite de Joaninha para fazer parte desse grupo comecei a pensar no que escrever e me dei conta que estava recordando de coisas do século passado!. Ai Jadson, fiz questão de ressaltar isso exatamente com essa intenção que você captou muito bem, o tempo passa rápido, não podemos perder nem mais um minuto
ResponderExcluirCarmela, não entrega! Esse negócio de século passado é sacanagem kkkkkkkkkk...
ResponderExcluirEstou aqui vendo a resenha do bar de meu Pai , esse momento que vivi me fez o homem que sou hoje , Jadson Oliveira, Jânio Lopo , Levi Vasconcelos, Chico Bina , Domingos Souza , Raimundo Vieira, Miguel Lucena , Ipê , Doutor Alexandrino , Sr Bosco com suas mil namoradas , Chico Aguiar que se dizia jogador de dominó, Vicente de Paula , que tempo bom , tinha que estudar no dia seguinte e Jadson só pedia a saideira e mais saideira , Domingão uma figuraça, mas eu entregava ele a Jânio kkkkkkkkkkkk
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