Paulo Bina me lembrou um caso envolvendo os colegas Domingos Souza e Vicente de Paula, dos
tempos (século passado, não é Carmelinha?) em que ambos eram da editoria de Polícia Tribuna da Bahia, e nós dois (Eu e Bina), da editoria de Política.
Numa noite de domingo, em pleno horário de fechamento do jornal, Domingão entrou na redação cheio de razão e proclamou para o editor de Polícia, Vicentão: "Pára tudo! Tenho a manchete!" Com o seu óculos "piscinês", o editor olhou para o repórter e pediu-lhe que contasse do que se tratava.
Depois de ouví-lo, o editor fez pouco caso: "Faça aí sete linhas". O cara esperneou, disse que assim não dava pra ficar no jornal, que não precisava daquele emprego, que era melhor ir viver da renda dos aluguéis de nove casas que dispunha e gesticulava exibindo a camisa de seda dizendo que tinha muitas outras iguais , "que as minhas mulheres me dão", e mostrava o correntão de ouro com um medalhão, que Mônica Bichara chamava de "bolacha Maria".
Vicentão ouviu calmamente a lenga-lenga do repórter, mas sentenciou: "Sete linhas. E só". Contrariado, Domingão fez o texto curto, mas no dia seguinte não tinha quem aguentasse a choradeira do cara porque a sua matéria não teve a importância que julgava merecer. Mas nem tocou mais no assunto de deixar o jornal, onde permeneceu por muitos anos mais.
Diálogo virtual
No século passado, quando ainda morava no Cabula, Jadson deixou uma gravação na secretária eletrônica, bastante incomum pelo tom assertivo, forte, como se tivesse brigando: "Aqui é Jadson, deixe o seu recado".
Ao ouvir a gravação quando ligou para o velho companheiro de redação e birita (cerveja com uísque), Vicentão devolveu no mesmo tom: "Boa merda! Aqui é Vicentente de Paula Vanini!".
tempos (século passado, não é Carmelinha?) em que ambos eram da editoria de Polícia Tribuna da Bahia, e nós dois (Eu e Bina), da editoria de Política.
Domingão(com o inseparável medalhão) e Vincentão,
clicados recentemente pelo celular de Manoel Porto.
Numa noite de domingo, em pleno horário de fechamento do jornal, Domingão entrou na redação cheio de razão e proclamou para o editor de Polícia, Vicentão: "Pára tudo! Tenho a manchete!" Com o seu óculos "piscinês", o editor olhou para o repórter e pediu-lhe que contasse do que se tratava.
Depois de ouví-lo, o editor fez pouco caso: "Faça aí sete linhas". O cara esperneou, disse que assim não dava pra ficar no jornal, que não precisava daquele emprego, que era melhor ir viver da renda dos aluguéis de nove casas que dispunha e gesticulava exibindo a camisa de seda dizendo que tinha muitas outras iguais , "que as minhas mulheres me dão", e mostrava o correntão de ouro com um medalhão, que Mônica Bichara chamava de "bolacha Maria".
Vicentão ouviu calmamente a lenga-lenga do repórter, mas sentenciou: "Sete linhas. E só". Contrariado, Domingão fez o texto curto, mas no dia seguinte não tinha quem aguentasse a choradeira do cara porque a sua matéria não teve a importância que julgava merecer. Mas nem tocou mais no assunto de deixar o jornal, onde permeneceu por muitos anos mais.
A dupla da Editoria de polícia com
Silfredo(repórter fotógráfico), no Líder
Diálogo virtual
No século passado, quando ainda morava no Cabula, Jadson deixou uma gravação na secretária eletrônica, bastante incomum pelo tom assertivo, forte, como se tivesse brigando: "Aqui é Jadson, deixe o seu recado".
Ao ouvir a gravação quando ligou para o velho companheiro de redação e birita (cerveja com uísque), Vicentão devolveu no mesmo tom: "Boa merda! Aqui é Vicentente de Paula Vanini!".
Que pérolas, JÔ. Morri de rir lembrando do medalhão "bolacha Maria". Domingão e Vicentão juntos era mesmo dose pra leão (ih! rimou).
ResponderExcluirMuito bom mesmo. Adorei o "bolachão de Domingão". Ultimamente estou sem inspiração para escrever e muito menos para falar, mas o Pilha não deixo de olhar, sempre uma lembrança para recordar e uma boa gargalhada não tem como não dar e essa minha rima está de amargar, mas deixa prá lá, o melhor que faço agora é me calar.
ResponderExcluirMônica e Joaninha agora pegaram no pé do nosso Dominguinho, suas camisas de seda, seu medalhão... e eu, cá, ainda com uma dorzinha de cabeça do "mal da altura", dando risada.
ResponderExcluirCarmelita, mesmo sem inspiração pra falar, parece inspirada pra rimar, tá muito bom mas vou parar, porque se não a dor vai aumentar...
Falando sério, Joaninha, Bina se esqueceu (ou vc se esqueceu) de um pequeno detalhe, pequenino, mas que dá um charme especial ao ocorrido entre o editor (Vicentão) e o repórter (nosso Dominguinho).
Quando Vicente falou com Domingo, depois do relato da grande matéria que mereceria manchete, ele disse assim: "Tá certo, David Nasser, faça aí sete linhas".
Para os mais jovens, David Nasser foi o grande repórter dos Diários Associados, particularmente da revista O Cruzeiro, de propriedade do "vice-rei" do Brasil, Assis Chateaubriand.
E qual era mesmo o furo de reportagem que Domingão queria dar, alguém lembra?
ResponderExcluirTem razão Jadson. Bina me falou desse detalhe, mas a memória falhou.
ResponderExcluirMônica, a grande matéria de Domingão era pilha mesmo. Tanto que ninguém lembra mais de que se tratava.
E você , Carmelinha, tava inspirada hein?