A safena e os bagos de Osório

Carmela Talento

O vereador Osório Villas-Boas (já falecido) foi uma das primeiras pessoas a se submeter à cirurgia ponte de safena em Salvador. Na época eu fazia cobertura da Câmara para o Jornal da Bahia, Valmir Palma pelo Jornal A Tarde e Caco, Tribuna da Bahia.

Eu era a única mulher setorista de política naquele período, depois vieram outras e a presença feminina na cobertura política foi se tornando normal. Quando o vereador retomou os trabalhos, resolvemos os três ir até o gabinete dele para saber como havia sido a operação que realmente era uma raridade.

Perguntamos como havia sido a cirurgia e de forma inesperada o elemento baixou a calça deixando à mostra um ceroulão folgado. Arrumou os bagos para o lado direito, suspendeu a perna da tal ceroula até onde pode e mostrou toda a extensão da coxa onde havia sido retirada a safena.
Vexame total. Valmir e Caco não sabiam se olhavam para o tamanho da marca do corte ou para minha cara que de tão vermelha parecia que ia explodir. Ficamos todos desconcertados diante daquela cena que por muito pouco não deixou à mostra as partes intimas do edil. Mas Osório nem se abalou, parecia que estava fazendo a coisa mais normal do mundo.

Comentários

  1. kkkkkkkkkkkk... essa me lembrou da minha vez na editoria de Política, cobrindo a Câmara de Vereadores, que num outro momento vou relembrar aqui boas histórias. Mas Osório resolveu lançar candidatura a prefeito de Salvador de novo, no começo dos anos 90. Ocorre que lá pelos idos dos anos 60 ele havia sido candidato com o slogan "Osório e o povo contra o resto". Mas 30 anos depois de muita malandragem política para se manter no poder e enlameado de denúncias de corrupção na Câmara Municipal, onde era presidente, achei mais apropriado e lancei na coluna Raio Laser da Tribuna da Bahia outro slogan: "O resto de Osório contra o povo". O cara queria me matar.

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  2. Ai, ai, quanta falta de educação pra mostrar que ainda tinha colhão! Mas também safena é uma veia muito da safada, safa até imerecidos corações... Tá começando a me parecer que ser jornalista pode ser uma profissão muito perigosa.

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  3. Tinha também a opção "Osório contra o resto do povo" hehehehe Ele chamava Jô de Japinha, lembra?

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