Me surpreendo a cada dia com as “figuras” que vem aparecendo no horário eleitoral. Dentre os mais variados personagens estão homossexuais que acreditam que barulhinhos obscenos pode atrair votos, apresentadores de programas de televisão que fazem da violência um espetáculo ( não seria uma “espetacularização” da violência), músicos decadentes, artistas decadentes ou qualquer outro profissional que, se não deu certo no seu ramo, apela para a política. Aliás, gostaria entender o porquê de tantos médicos candidatos. Será que não tem doentes suficientes aqui na Bahia? Já sabia que no interior essa era uma prática rotineira, mas fico alarmada como isso vem se proliferando. Inclusive venho desconfiando que na faculdade de medicina há disciplinas do tipo: Genealogia da política ou sistema gastropolítico brasileiro. Não é a toa que sempre que falava pra alguém que estudava ciência política, elas sempre me perguntavam a mesma coisa: Você pretende se candidatar? E eu sempre replicava: Não, se fosse o caso era pra tá fazendo medicina.
No Rio de Janeiro o caso é ainda mais grave, a mídia vem anunciando que o então ex-jogador de futebol Romário, pode chegar a ser o Deputado Federal mais bem votado do estado. Aclamado como um dos melhores jogadores da história, Romário que era considerado como “matador” (devido a sua habilidade dentro da área, local onde dificilmente saia em um jogo), pode chegar ao congresso federal, sem ao menos ter tido algum tipo de experiência política. Pelo menos quanto há isso o Popó sai na frente, já ocupou o cargo de secretário de esportes na Prefeitura de Salvador, um mérito que deixa a desejar, a julgar pelo prefeito que nós temos. Mas o que realmente está em jogo nesse circo de horrores eleitoral brasileiro é o quão a política vem sendo banalizada e servindo de cabide de emprego pra que não tem mais nada o que fazer.
Eu estava com essa pauta na cabeça, indignada com tanta picaretagem, com tantos candidatos visivelmente oportunistas, sem trajetória política, que agora se apresentam na maior cara de pau, aproveitando-se da popularidade adquirida em outra profissão que já se esgotou ou está em franca decadência. Aliás, Jadson citou aqui o caso de Tiririca, em São Paulo, que chega ao cúmulo de se apresentar na TV dizendo que não sabe o que os deputados fazem, mas que se ele for eleito, vai contar. Esse interesse dos médicos pela política também intriga (há algo no ar além de aviões), mas tem ainda os casos dos filhos dos políticos, que entram empurrados pelos pais, às vezes a contragosto, como foi o caso de Luís Pedro Irujo, que dizia entre amigos que só queria curtir o seu belo Aras, mas tinha que sair candidato a governador porque o pai o forçava. Felizmente não se elegeu e tanto ele quanto o pai desistiram, por ora, da carreira política. Ontem também teve o caso do filho do deputado estadual Carlos Gaban, que desistiu da candidatura para deputada federal, mas muitos estão aí nessa prática coronelista, achando que o poder político se passa de pai para filho. No caso dos Gaban, o filho, Luis Henrique , desistiu porque não viu condições sequer do pai se reeleger.
ResponderExcluirMudando de assunto, mas ainda sobre candidatos, já viram quanto nomes esquisitos nesta campanha? Regina Bochichio até fez matéria sobre isso, em A Tarde, citando alguns: Juquinha do Trenzinho (PSDB), Nem Grande (PMDB), Bilau (PSL), Fusca (PTC), Budog (PTN), Abençoado (PSC) e Porreta da Mata Escura (PSL
É mesmo de Jô, esqueci de mencionar a hereditariedade nas eleições, isso tb me intriga. Quanto aos nomes estranhos, achei que não caberia tantas aberrações aqui no Pilha.rsrsrsrs.
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