Jackson Costa: Jesus Cristo com sotaque |
Para quem ficou em Salvador, ou já retornou cedo com medo de engarrafamentos na estrada, a boa pedida do Domingo de Páscoa tem tudo a ver com a Bíblia.
Calma, não se trata de missa nem de ter fé ou não. Trata-se do espetáculo A Paixão de Cristo, na Concha Acústica, dirigido por Paulo Dourado, e com Jackson Costa no papel de Cristo, e Regina Dourado, interpretando Maria.
Fui ontem (sábado) levar a filhota e a afilhada e quase não entro porque cheguei em cima da hora e só havia troca de alimento por ingresso (1kg de feijão ou arroz) para hoje. Um carinha me viu desolada com as meninas e me ofereceu os que ele tinha de sobra. Vou repassar adiante os que troquei para hoje.
A Concha estava lotada e atenta. Um público como a gente não tem visto ultimamente, mesclado por jovens crianças, adultos, poucos idosos (devido à dificuldade de acesso para esses, desde á ladeira íngreme demais às escadarias do teatro aberto) classes variadas, gente com fé ou apenas curiosa, ou amante do teatro... enfim, coisa linda de se ver.
Jackson e Regina Dourado arrasam em cena |
Liz e Nana vibraram com os efeitos especiais, um atrativo à parte do espetáculo, muito legal mesmo. Ficaram deslumbradas, com os olhinhos vidrados especialmente nas cenas de maior impacto, destacadas pelo som, iluminação e outros artífícios, como a subida de Jesus ao céu depois da ressurreição.
Amei a atuação de Jackson. Mas o curioso é o sotaque fortíssimo do ator, que dá até pra gente dizer: Cristo é baiano. Regina Dourado, nem precisa dizer, faz uma Maria densa, sensível, maravilhosa. A cenografia de Zuarte Júnior e Fritz é impecável. O som também merece destaque, com os atores utilizando microfones que garantem excelente audição.
Dou cinco estrelas.
Jô, Fritz me ligou para não ir no dia da estréia porque ele achava que tudo que ele fez estava ruim. Pense num drama! Fui no sábado com minha irmã. Só pelo inferno já valeria a pena! bj
ResponderExcluirYvette
Os artistas são eternos insatisfeitos e isso não é ruim, pelo menos para o público, porque buscam sempre se superar. Mas diga a Fritz que ele arrasou no cenário. Como escevi no post, uma das coisas lindas de ser ver foi aquela multidão tão quieta e fascinada assistindo ao espetáculo. Como diz a música de Milton: "todo artista deve ir aonde o povo está". O povão gosta sim de teatro, só não tem é condições de frequentar sempre. Então, que este espetáculo sirva de estímulo para a classe artística e empresarial, como também o poder público, para novas realizações do tipo que certamente vão ajudar a melhorar a cultura do baiano. Parabéns aos realizadores.
ResponderExcluirPS: A única coisa chata, que Nana observou bem e reclamou, foram os inúmeros flashes das maquininhas digitais que toda família tem. E esse pessoal nem se dá conta do quanto atrapalha e sequer conseguem boas imagens à distância num ambiente tão grande.
Parabéns à tod@s @s querid@s que participaram dessa empreitada ESPETACULAR e que surjam mais dessas megaproduções por essas quintas/terreiros/ocas de cá...
ResponderExcluirBJKS
Mnemósine Cabocla Bahiana/
Antonio S
Fico emocionada em saber que o objetivo foi atingido... Mais de 20.000 passoas lotaram a Concha em quatro dias de apresentação e um ensaio aberto (quinta-feira, apesar da forte chuva).
ResponderExcluirLindo de ver, muita emoção, atores satisfeitos, tecnica e direção realizados, patrocinadores felizes. Tão felizes que compraram a idéia para 2012 e já está garantido A Paixão de Cristo com sotaque baiano para o ano que vem... Maravilha!
Bjos em todos que prestigiaram e até 2012. Esperamos todos que viram e quem não viu vai ter a oportunidade de ver.
Muita paz para todos nós!
Yolanda.
Grande notícia, a confirmação do repeteco em 2012. O povão baiano merece grandes produções, com artistas de primeira linha, bancadas pelo poder público e patrocinadores privados.
ResponderExcluirE, pra completar, cenário perfeito e efeitos especiais surpreendentes.
Parabéns a todos os envolvidos e a quem foi assistir tb, p/q soube prestigiar uma boa atividade cultural