(Foto: Isabela Lyrio) |
De Brasília (DF) – Foram 70 mil pessoas, nas estimativas mais modestas (ou 100 mil, como estimaram os organizadores). A grande maioria mulheres, a maioria trabalhadoras rurais, que agitaram a capital do Brasil na terça e na quarta-feira, dias 16 e 17, e encheram o Parque da Cidade, o Eixo Monumental, a Esplanada dos Ministérios, a Praça dos Três Poderes. Foi a quarta Marcha das Margaridas - assim chamada para homenagear Margarida Alves, sindicalista paraibana assassinada há 28 anos a mando de usineiros, senhores donos da terra e, ainda hoje, também da vida -, organizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), com suas 27 federações, as Fetags, e mais de 4.000 sindicatos espalhados por este imenso país.
O que gritavam essas aguerridas mulheres nos milhares de cartazes, bandeiras e faixas, e nos carros de som e nas tocantes canções e nos gritos propriamente ditos? Clique aqui para continuar
Uma descrição rica em detalhes, mas que carecem de reflexões e questionamentos - não ao autor, mas ao próprio movimento.
ResponderExcluirNão levo fé em movimentos que possuem reivindicações e carências tão profundas feitas sob este tom festivo e excessivamente colorido. Não parecem que exigem, cobram ou reclamam; apenas celebram.
Parece com o Desfile da Primavera, 7 de Setembro, 2 de Julho ou Passeata Gay.
Se houve "coro de unanimidade à em apoio à presidenta" do que ou a quem reclamar, então? Falaram mal do Lula. Agora?
Carmen Foro , secretária de Mulheres da Contag, considerou positiva a resposta da presidenta. O que ela, a Carmen, ela esperava da Dilma? Governantes sempre dirão, em especial, nestes eventos, o que as pessoas querem ouvir, mas jamais farão o que elas realmente precisam.
O que parece uma suposta ingenuidade da Carmen, se aproxima mais de um corporativismo entre "companheiras", dada a enorme boa vontade em aceitar respostas no lugar das ações.
Quanto a bela Letícia Sabatela, já a vi chorar "tolhida pela emoção" em várias de suas personagens interpretadas nas novelas que ajudam a estereotipar e diminuir o valor de muitas Margaridas neste imenso país.
Posso até complementar a frase de Iranilde Carvalho, presidente do sindicato dos servidores do município de Araioses : "Nenhuma mulher é a mesma depois
de participar da Marcha das Margaridas ou depois de assistir novelas na Globo".
Companheiro Jadson, mais uma vez parabéns pelo trabalhos que vem realizando nessa nova etapa de sua vida. Um repórter e tanto passando informações valiosas das suas observações para o público do Pilha do Evidentemente. Belas fotos do movimento/das Margaridas. Sabe, foi por meio dessa reportagem que passei a conhecer de fato esse movimento? Não tenho condições de fazer nenhuma avaliação dele, pelas razões já citadas, mas o parabenizo porque cada vez mais as mulheres se colocam no mundo para, finalmente, dizer que estão aqui, com capacidade, luta, vontade, doçura, raça... Que precisam ser ouvidas e respeitadas e vistas. Afinal,já estão no poder nos quatro cantos do mundo, ainda que pese a discriminação e coisa e tal... Siga em frente e boa sorte, colega.
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