O homem de Stella Maris, a Mulher de Roxo, seus mistérios e nossas pilhas



Já são quase 1mil 500 compartilhamentos, no Facebook,  da postagem de Mônica Bichara sobre o senhor que está morando há alguns meses num ponto de ônibus em Stella Maris. O Pilha pura teve mais de três mil acessos     nessa postagem nesses últimos três dias.

O caso levantado por Mônica lembra outras figuras que se tornaram lendárias, como a Mulher de Roxo, a misteriosa mulher que usava roupas no estilo do hábito usado pelas freiras e perambulava pela Rua Chile e imediações. Conta-se que foi uma moça instruída, de boa família e que teria enlouquecido por causa de uma grande desilusão amorosa. Dizem muitas coisas sobre ela, que já virou tema de tese acadêmica,livro lançado pela Assembleia Legislativa da Bahia (Coleção Gente da Bahia)  e inspirou peça teatral. Mas o mistério sobre essa mulher que viveu sozinha nas ruas continua. 

O homem de Stella Maris também começa a provocar especulações, lendas e histórias sobre sua verdadeira identidade e porque estaria morando na rua, sendo uma figura com alguma instrução. Teria alguma semelhança com a ficção de Augusto Cury em O Futuro da Humanidade? O livro conta sobre o mistério em torno da identidade do cadáver de um morador de rua, desvendado de forma surpreendente pelo jovem calouro de Medicina, Marco Polo, inconformado com a investigação fria das autópsias feitas nos corpos de indigentes. Acabou descobrindo que ele foi um ilustre cientista médico, que num acidente havia perdido toda a família e, a partir daí, deixou a carreira e se tornou um mendigo que acabou morrendo no anonimato. A revelação cai como uma bomba na faculdade onde se identifica que o corpo era do antigo fundador da universidade.

O fato é que postagem de Mônica sobre essa figura que vive num ponto de ônibus e passa o dia lendo atiçou a curiosidade das pessoas.

O jornal Massa havia publicado reportagem identificando o homem de Stella Maris como Alberto Pinho de Campos, 61, que “depende da bondade de moradores dos condomínios, que lhe dão comida e água”. Segundo o jornal, ele foi parar nas ruas em 2001. Disse que tinha uma moradia e que acusa os irmãos de tê-lo enganado para conseguir vender o imóvel da família. “Eles me fizeram assinar um papel em branco para vender a casa”, contou. Sem citar fonte, o mesmo veículo diz que a Setad tentou levá-lo para um abrigo, mas ele recusa e fica agressivo. O órgão teria informado que vai encaminhá-lo para tratamento médico.

Há quem diga, no entanto, que o cara às vezes fala coisas sem sentido, que assume que é homossexual e que gosta de física, segundo Mônica Bichara. Quem será realmente esse homem, se ele quer ajuda, além de doação de livros, se escolheu ser morador de rua ou se ficou sem alternativa, depois de golpeado pelos próprios irmãos malvados, isso ainda não está claro. Talvez se torne outra figura lendária da cidade, tal qual a Mulher de Roxo.

Uma coisa é certa: a nossa âncora no Pilha pura ar-ra-sou com essa  provocação. Vai ter o salário aumentado.  





Comentários

  1. É, foi impressionante mesmo a repercussão que esse caso ganhou, despertando a curiosidade das pessoas, sobretudo dos moradores da área que costumam vê-lo diariamente exatamente como está na foto.
    Numa rápida leitura dos comentários feitos por pessoas que compartilharam (claro que não deu pra ler todos), me chamou atenção o fato de ninguém ter falado mal dele, o que até seria normal. Acho que esse é um indicativo de que pelo menos o cara é pacífico, não representa risco para a população...apesar do inconveniente de estar ocupando o único ponto de ônibus coberto da área.
    O fato dele gostar de ler foi o principal tempeiro dessa história, mas Seu Alberto é só um morador de rua a mais nessa cidade abandonada.

    Quanto ao aumento de salário, chefinha, tô contando com isso hehehehe

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