Para discutir o problema, que depende da divisão territorial em
tramitação na AL, se reunirão sábado (16)
Moradores do Loteamento Marisol I e
II, localizado no bairro de Ipitanga, na divisa entre os municípios de Salvador
e Lauro de Freitas, cuja área faz parte de litígio que depende da divisão territorial
em tramitação na Assembleia Legislativa da Bahia, estão aflitos por conta da
insegurança jurídica que se abateu sobre seus imóveis. A área é administrada
por Lauro de Freitas, que recolhe IPTU, mas os moradores descobriram que têm
uma dívida também de IPTU junto à Prefeitura de Salvador que soma R$9,5
milhões.
Para tentar resolver a questão os moradores estão se mobilizando,
inclusive pelas redes sociais, e convocaram reunião para este sábado (16), às
10h, na sede da Unidunas, na Praia do Flamengo. Representantes das duas
prefeituras estão sendo convidados para que expliquem a situação.
As casas do loteamento são
registradas no Cartório de Imóveis de Lauro de Freitas e para os Correios
também vale o CEP do município. No plano diretor de Lauro de Freitas o
Loteamento Marisol aparece como pertencendo ao Município. Apesar disso e de
nada ter sido definido ainda pela AL, onde o processo se arrasta há anos na
Comissão de Divisão Territorial, que está sem presidente, a prefeitura de Lauro
de Freitas passou a negar licença de construção e habite-se, argumentando que o
Marisol pertence a Salvador.
O prefeito de Lauro de Freitas
declarou, em entrevista à imprensa, que não vai investir em uma área que ficará
para Salvador e que um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com a prefeitura
da capital resolveria o problema. Mas, enquanto o impasse permanece, a
comunidade continua pagando IPTU a um município e devendo ao outro.
Área nobre?
Quem tentou saber a situação na
prefeitura de Salvador descobriu que o Loteamento Marisol foi lançado como
inscrição municipal nº 652.188-6, com 240.764 metros quadros, em nome de
Arnaldo Rodrigues da Silveira, constando um débito de R$ 9.555.289,91 -
R$9,5 milhões. E, o que é pior, identificada como área nobre.
Revoltados, os moradores questionam: “Que
área nobre é essa, sem asfalto em muitas ruas, iluminação precária, coleta de
lixo precária, não tem uma praça, a orla abandonada?” Eles lembram que o bairro
não foi incluído em nenhum dos projetos de requalificação da orla, apesar da
administração anterior de Lauro ter deixado projeto aprovado pela União e verba
assegurada.
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