Fruto da mobilização dos moradores, as prefeituras assinaram recentemente um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), passando a responsabilidade pela administração da área para Salvador, com a consequente cobrança de tributos. A vereadora tranquilizou os proprietários de imóveis da região, informando que já se encontrava na Câmara projeto do Executivo prevendo mudanças no IPTU, incluindo a isenção tributária até o exercício de 2014 para a área protegida pelo TAC.
Projeto modelo
“Fiquem tranquilos que vamos acompanhar isso de perto”, disse ela, comprometendo-se também a encaminhar um relatório da audiência pública a todos os órgãos da prefeitura envolvidos com a solução dos diversos problemas apontados. Por ser uma área ainda sem urbanização, Aladilce sugeriu que a Fundação Mário Leal Ferreira assuma a formatação de um projeto modelo, elaborado com a participação da comunidade, e coordene uma espécie de força tarefa com os demais órgãos, para evitar retrabalho e serviços fora dos padrões desejados pela maioria dos moradores.
Entre os que se pronunciaram, muitos lamentaram a ausência de representantes de órgãos da Prefeitura de Salvador, a exemplo da Transalvador, da Sub-prefeitura de Itapuã, das secretarias da Fazenda e Transporte e Urbanismo, além da Superintendência de Obras Públicas, todos convidados. Compareceram ao evento os representantes da Embasa – Ney Nascimento, da 15ª Companhia da PM (Itapuã) – tenente Luciana e da Coelba – Fernando Machado.
Marcos Cardim, da Comissão de Moradores do Loteamento Marisol, entregou à vereadora e representantes dos órgãos um documento apontando as principais deficiências da área e algumas soluções sugeridas em reunião pela comunidade. Entre elas, que a região, vizinha à Praia do Flamengo, só seja caracterizada como “área nobre” pela prefeitura após as obras de urbanização; que os ônibus sigam pela orla até o Centro Panamericano de Judô e retorne pela rua paralela, sem entrar no loteamento; e que a PM passe a fazer rondas no Marisol.
Jorge Santana, administrador da Unidunas, parabenizou a Ouvidoria da Câmara pelo apoio que tem dado às reivindicações dos diversos bairros de Salvador, lembrando que a sede da ONG também cedeu espaço para outra audiência, em 2012, sobre a falta de segurança em Stella Maris. Aladilce Souza destacou a importância da Unidunas, instituição reconhecida pela Unesco, na defesa do patrimônio ambiental do Parque das Dunas.
A vereadora se comprometeu a apresentar indicação, dirigida ao governo estadual, pedindo que seja revogado o decreto que prevê desapropriação de uma área do Parque das Dunas, englobando um trecho do loteamento. O decreto foi renovado por engano, segundo o governo, que assumiu o compromisso de não desapropriar a área. “Mas a revogação é importante porque tranquiliza os moradores”.
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