Livros contra o fascismo




Aderindo à onda nacional de levar um livro para a cabine de votação, simbolizando a arma da educação contra as balas de quem prega a ditadura, muitos colegas baianos vestiram a camisa Jornalistas Unidos Contra o Fascismo e foram à luta. Foi emocionante. 



A derrota nas urnas em nada tirou o brilho do protesto civilizado. Pelo contrário, passou para o mundo a mensagem de que o Brasil não caiu de joelhos diante do ditadorzinho de plantão.




E a escolha do livro foi outro ato revolucionário, buscar mensagens, autores e personagens que por si dessem o recado: não queremos retrocesso; vamos resistir pela democracia; racismo é crime; toda forma de amor vale à pena....



O orgulho de quem carregava um livro a caminho da votação nunca será esquecido, entrará para a história junto com o movimento #EleNão, surgido pelas redes sociais e que se espalhou pelo mundo. Uma reação pacífica e criativa, uma resposta às balas e facadas que caracterizaram o outro lado.





Não levamos a eleição, mas ganhamos do professor Haddad a mais bela imagem de resistência à barbárie que já começou, a simbologia do livro e da palavra como arma contra a falta de argumentos, a tirania, a arrogância, a falta de propostas. A campanha foi linda e nos uniu e é assim que devemos permanecer para enfrentar os tempos que virão (virão¿).

A liberdade de imprensa foi a primeira vítima e nós, jornalistas, estamos na mira dos fascistas. 
É tempo de resistir



















Comentários

  1. O meu foi "Se me deixam falar...", de Moema Viezzer. O exemplar tá bem velhinho, coisa do tempo do JBa, presente da amiga Isabel Santos. É sobre a luta das mulheres bolivianas pela sobrevivência, pela dignidade, personificada na líder operária Domitila Barrios de Chungara (1937-2012). Escolhi este pelo simbolismo de não nos deixarmos intimidar e de, como jornalistas, não deixarmos que calem a nossa voz.

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  2. O Pilha não poderia deixar de registrar esse momento histórico, essa belíssima campanha contra a ameaça do fascismo. O livro empunhado pelo professor Haddad como alternativa às armas defendidas pelo adversário foi o nosso companheiro, o símbolo dos que defendem a democracia e a educação como forma de garantir uma sociedade civilizada e humana. Fui com o maior orgulho votar no 13, levando a biografia de Waldir Pires, grande defensor da democracia, um dos atores da resistência no golpe de 1964 que depôs o presidente João Goulart, que também foi protagonista na Diretas Já, que se manteve coerente aos princípios democráticos em toda a sua existência e que pela primeira vez não contamos com a sua presença na campanha e na votação. Meu livro escolhido foi escrito por outro bravo e combativo companheiro que enfrentou os porões da Ditadura, o colega e amigo Emiliano José.

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  3. Por coincidência a minha escolha também foi por um livro do jornalista e ex-preso político da ditadura Emiliano José, "Imprensa e poder". Tudo a ver com o que estamos vivendo agora, fruto de um golpe que teve no jornalismo, ou na falta dele, um de seus aliados mais fieis

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