Caminhada Patrimonial: ABAITÉ, sujeito de direitos

Foto: Ernandes Santos 

Mais uma Caminhada Patrimonial em Defesa do Abaeté (edição especial), idealizada pela arte-educadora, antropóloga e permacultora Clara Domingas, do Fórum Permanente de Itapuã e do Instituto de Permacultura da Bahia, aconteceu no último sábado (14), com início às 7h30 no Monumento a Mãe Stella de Oxossi (Ode Kayode), na Avenida Mãe Stella, que divide a APA do Abaeté, maior remanescente de restinga da capital biana. Ela fez a guiança ao lado de Rangell Souza, do Sandboard Salvador. A atividade foi a primeira etapa da confraternização de final de ano do Coletivo Stella Maris, com momentos de meditação, relaxamento, denúncias e organização da luta pela preservação do território no próximo ano. Duas administradoras do coletivo, Isabel Perez e Juliette Robichez, deram as boas-vindas aos participantes, frisando que é preciso conhecer para preservar. 

Nesse vídeo fantástico de Ernandes Santos, verdadeiro artista da imagem e integrante do Coletivo Stella Maris, é possível ter uma ideia nítida da potência que é a APA do Abaeté, com destaque para o banho na Lagoa Abaetezinho. “Espero que as imagens possam atrair mais pessoas, principalmente as das comunidades mais carentes e que são diretamente afetadas pelos impactos da especulação imobiliária e omissão do poder público. É triste ver um santuário ecológico como este ser ameaçado pela ganância e sede de poder”, descreve. 

Diante das imagens editadas, Clara Domingas definiu: “Arte vida divina!!!”. Disse tudo.

Ao longo da Caminhada Patrimonial, que tem um caráter formativo, foram compartilhadas por Clara propostas feitas pela Câmara Técnica do Conselho Gestor da APA Lagoas e Dunas do Abaeté na revisão do ZEE (zoneamento ecológico econômico), realizada de 2018 a 2020
 
Vídeo: Juliette Robichez 

Vídeo: Juliette Robichez

Ponto alto foi a performance da cantora, compositora e dançarina das Ganhadeiras de Itapuã, Verônica Mucuna, na Lagoa do Abaetezinho. Um deslumbramento, sintonia com o sagrado. 

Vídeo: Juliett Robichez 

O final da caminhada foi na tradicional Barraca do Côco de Renato, na esquina da Av. Mãe Stella com a rua General Severino Filho, ameaçada de ser expulsa da área que ocupa há 40 anos para dar lugar a mais um lojão de supermercado. O Coletivo Stella Maris defende a permanência da barraca, um ponto de encontro do bairro, e a preservação de todo o ecossistema.









Vídeo: Jorge Américo

Comentários

  1. Adorei o release. Bela associação de texto e imagens. Parabéns!

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  2. Comemorando mais um ciclo que se encerra em 2024, o Coletivo Stella Maris realizou uma bela caminhada patrimonial pelas dunas da APA do Abaeté, seguida de um debate de avaliação e planejamento dos próximos passos em defesa desse maravilhoso ecossistema. Estamos tod@s de parabéns!

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    1. Verdade, Isabel, precisamos continuar e ampliar a mobilização em defesa de toda essa APA, patrimo^nio de toda a cidade. Parabéns a todos os envolvidos

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  3. Maravilha. Já fiz essa caminhada, tendo Clara como guia, no ano passado, durante evento de confraternização da Escola Rubi de Curadores, uma iniciativa de Jocete Fontes. A área é muito linda, e todas e todos nós, principalmente moradores de Salvador, precisamos nos unir para preservá-la - preservar o Abaeté, as Dunas de Itapuã, as praias do Buracão e de Stella Maris, o Parque Metropolitano de Pituaçu... Avante, Coletivo Stella Maris, pela luta em prol do meio ambiente. A Mãe Natureza pede socorro. Abraçaço

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    1. Todos deveriam fazer essa Caminhada Patrimonial para ter uma visão inquestionável da necessidade de lutar pela preservação ambiental. Obrigada pela viita ao blog e comentário

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  4. Com certeza, é nossa última reserva de restinga. Obrigada pela visita ao blog

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