Fotos : Claudia Correia e Divulgação
Texto: Claudia Correia
“Direitos, silêncios e desafios” é o tema do curso de formação política para mulheres oferecido pelo Coletivo de enfrentamento ao Feminicídio na Bahia e Coletiva Mahin Organização de Mulheres Negras, em Salvador, de 27 de outubro a 14 de novembro. O objetivo da ação é construir saberes com as mulheres para liderarem com mais conhecimento e poder, nos lugares onde atuam cotidianamente e nos espaços de decisão das políticas públicas.
Os encontros acontecem de 14 às 17h , no Museu de Arte da Bahia , no Corredor da Vitória , e contam com o apoio da Coordenadoria Ecumênica de Serviços -CESE, IPAC/ MAB e Ibajus . Foram recebidos 73 pedidos de inscrição mas para atender à metodologia participativa e vivencial foram priorizadas 35 mulheres, a maioria negra e de bairros perifericos como : Mata Escura, Cajazeiras, Águas Claras, Santa Cruz, Engenho Velho da Federação, e Tancredo Neves.
A proposta do curso é apoiar as mulheres, debatendo e criando junto com elas saberes que incluam suas experiências cotidianas.
Para a médica e psicanalista Maria José Araújo , do Coletivo de Enfrentamento ao Feminicídio na Bahia , a intenção é contribuir para fortalecer o ativismo político das mulheres nos bairros e locais de trabalho. “ Queremos propiciar argumentos para ampliar o poder das mulheres em suas comunidades para defenderem as reivindicações que têm nas lutas populares onde estão, para garantir direitos, políticas públicas”.O conteúdo do curso aborda pautas contemporâneas do debate social , como: Democracia e Participação Política, Patriarcado, Desenvolvimento econômico , Feminismos: Gênero, Raça e Racismo Estrutural, Saúde e Direitos e Violencia de Gênero e Legislação.
As facilitadoras para os debates temáticos são : Tânia Palma, Letícia Ferreira , Maria Helena Souza, Maria Cecilia Simonetti, Marinalva Barbosa, Francisca Schiavo, Greice Menezes e Maria José Araújo.
Para as entidades organizadoras o objetivo principal é que as participantes falem , debatam e conheçam alguns conceitos e dados de pesquisa que sirvam para subsidiar suas atividades nos seus territórios.
Expectativas em alta
As participantes avaliaram positivamente a experiência inicial dos primeiros encontros e a maioria já pretende reproduzir em seus territórios o conteúdo que receberá.Maria Luiza Pedreira, de Santa Cruz, da Formação de Mulheres Negras ocupando o mundo do trabalho, já tem planos. “ Com as discussões espero expandir as ideias políticas para as intervenções nas políticas públicas de reparação , saúde, cuidado, saúde mental e Bem viver para as mulheres negras e pensar em outras minoria e povos vulneráveis”, disse.
A assistente social Terezinha de Jesus, outra participante dessa primeira turma, elogiou a iniciativa e a oportunidade de troca de experiências. “ O curso vai me instrumentalizar ainda mais para as atividades no âmbito do trabalho e das minhas vivências “, afirmou.

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