(Na AL-BA, entregando diploma de deputado revelação pela imprensa ao então deputado Vandilson Costa. Emiliano José, de paletó escuro, também era deputado e um dos premiados, assim como Luiz Nova)
Como não ficar orgulhosa em ter um pouquinho da trajetória no jornalismo contada por nada menos que o jornalista, escritor, professor e político Emiliano José, um colega de redação dos bons tempos do início da carreira e que entre outras biografias fez a de Waldir Pires... ??????
Esse "mergulho em minha trajetória jornalística, voltado à relação cotidiana com quem
compartilhou caminhada comigo", como ele define o projeto #MemóriasJornalismoEmiliano, provavelmente se transformará em mais um livro de Emiliano. Tomara que sim. Afinal, não é todo dia que o jornalista, acostumado a falar sobre os outros, vira personagem.
Seguem os capítulos publicados por ele na sua página do face, junto com os comentários postados até aqui. Aproveitei para incluir algumas fotos que retratam essa trajetória. Em seguida postarei também os capítulos sobre outras colegas (Isabel Santos, Jaciara Santos, Joana D´Arck.....).
É só um aperitivo do que vem por aí, pra eu me amostrar até o livro ser publicado (porque nesse dia nós vamos ficar insuportáveis, né comadres? kkkkk Até o nosso comadrio está contado aqui, inspirado pelo texto de Elieser Cesar.
(Waldir Pires dando entrevista, na MINHA mesa no JBa. Detalhe para as laudas)
Emiliano José
10
de setembro 2019
A primeira pauta a
gente nunca esquece
Mônica
passou no vestibular de Jornalismo na UFBA com Dalton Godinho.
Ex-preso
político, passagem pela Ilha Grande no Rio de Janeiro, Dalton fazia parte de
uma turma de ex-presos levados a fazer o vestibular para se
"legalizar", eu próprio um deles, Oldack Miranda outro.
A
profissão exigia diploma, e a gente tinha de alisar os bancos da Escola de
Biblioteconomia e Comunicação (EBC).
Mônica
Bichara é marcada, abençoada por dois estágios, logo no começo do curso.
O
primeiro, para participar de uma pesquisa eleitoral "O Globo-IstoÉ".
Na
sucursal de "O Globo", conhece profissionais experientes, famosos -
Maria José Quadros, Raimundo Mazzei, a fotógrafa Lúcia Correia Lima.
Nas
andanças desse período, teve a chance de conhecer outras estrelas: Pedro
Formigli, José Carlos Teixeira, Paolo Marconi.
O
segundo, indicada por Marcos Luedy, para estagiar no "Jornal da
Bahia", ainda na sede da Barroquinha.
Repito
sempre: treino é treino, jogo é jogo.
Ali,
tudo começou pra valer.
Deixava
o treino pra trás.
Amizades.
Lá,
firmou algumas para toda a vida: Jaciara Santos, Carmela Talento, Margarete
Lemos, Mara Campos, Linalva Maria de Souza, Cely.
Fui
contemporâneo de todas.
Carmela
foi minha repórter na Editoria de Política do "Jornal da Bahia",
início dos anos 80, já na Djalma Dutra, coabitando a sede da "Tribuna da
Bahia".
Uma
suave presença
Mara
Campos era copidesque quando cheguei ao "Jornal da Bahia", em 1975, e
emocionou o foca aqui ao elogiar matéria sobre o "Juliano Moreira",
hospital de doentes mentais.
Pra
quem é novato, isso não tem preço.
Linalva,
além de tudo, foi companheira de tantas pautas no "Em Tempo" e
"Invasão", uma relação muito carinhosa, profundamente carinhosa.
Jaciara,
presença serena, e muito competente.
Todas,
amigas queridas.
Uma
emoção especial chegar ao "Jornal da Bahia".
A
história de resistência do diário fascinava Mônica.
Pudesse
escolher, teria escolhido o "Jornal da Bahia" para iniciar sua
caminhada jornalística.
Ganhou
na loteria.
Pauta,
pauta mesmo, recebe a primeira no "Jornal da Bahia".
Nunca
havia entrado numa redação antes quando a primeira pauta desaba em suas mãos.
Pesava
como chumbo.
A
primeira pauta a gente nunca esquece... #MemóriasJornalismoEmiliano
COMENTÁRIOS
Mônica Bichara: Valeu, querido.
Foi bom relembrar, graças à sua provocação, esses momentos da carreira. Entre
as amigas/irmãs desde o início de carreira, omiti Isabel Santos sem querer, pq
achei q ela estava no A Tarde e não no JBa
Isabel Santos: Nada,
amiga/irma. O que importa é que em um determinado momento de nossas trajetórias
no Jornalismo, nos encontramos, e, a partir daí, vivenciamos maravilhosos dias
de trabalho, amizade, alegrias, tristezas, trocas, parcerias....E estaremos
nessa 'vibe' por todo o sempre. Assim eu creio. Parabéns pela sua linda
trajetória no Jornalismo baiano, com competência eética. Bjos
Mônica Bichara: Isabel Santos
Claro que sim, Bebel, nosso encontro foi de almas. E que felicidade essa
amizade ter continuidade entre nossos filhos
Margareth Cunha Lemos: Mônica Bichara
que honra!
Mônica Bichara: Margareth Cunha
Lemos vc é uma querida, amei te encontrar em Sampa
Jaciara Santos: Vocês não
imaginam o quanto essa "pauta" está mexendo comigo. Como diria o
"rei", são tantas emoções...
Mônica Bichara: Jaciara Santos
tem q falar de Seu Biliu
Jaciara Santos: Mônica Bichara
lá vem você com baixaria rs rs rs
Cely Barbosa: Todos muito
queridos! Muitas saudades daqueles tempos! Quantas alegrias tb vivemos juntos e
juntas, né gente? Uma honra e uma sorte ter convivido desde aquele tempo com
essas meninas, amigas queridas desde então, e ter partilhado a faculdade e o
início da vida profissional com essa turma de feras “super experientes” quando
ainda éramos “inocentes, puras e bestas” além de muito felizes e fervilhantes
de curiosidade. Era muito bom! E ainda é muito bom ser amiga de vocês todos!
Beijo enorme!!!
Mônica Bichara: Cely Barbosa foi
muito bom mesmo, amiga. Tudo era novidade, tanta empolgação....q bom q nossa
amizade resistiu bravamente, mesmo à distância
Cely Barbosa: Mônica Bichara
sim. Convivemos pouco, mas amigos são aqueles com quem sabemos que podemos
contar. E vocês moram no meu coração d sei que é recíproco. 😘
Nane Albuquerque: Que narrativa
linda! Adorei!
******************************************************
(Formatura em jornalismo pela EBC-Facom, com Antônio Dias e Helô)
Emiliano José
11
de setembro de 2019
Suando frio
Tremer,
tinha de tremer.
A
primeira pauta de Mônica Bichara era a simples assinatura de um convênio no
Mobral.
Só
que o temido governador ACM era quem assinaria.
Isso
não era pouco para quem cumpria sua primeira pauta.
Ainda
bem que o velho Anízio Carvalho, notável fotógrafo, respeitado por todos, a
acompanharia.
Tremia
- e se errasse?
Justo
com ele?
Por
que aquela pauta veio cair bem no seu colo?
Cobriu
a solenidade com impressionante disciplina, anotando tim tim por tim.
Não
deixou passar nada.
Perguntas?
Que
perguntas que nada...
Medo
e tensão.
Chega
ao jornal tremendo, coração aos pulos só de pensar em escrever o primeiro texto
profissional.
Pior
ainda: teve de parir o texto com o veterano Anísio Félix literalmente sentado
na mesa ao lado, na mesa, insista-se, provavelmente tragando um Continental sem
filtro, só fumava ele, puxando conversa, ela nada de querer, bisbilhotando o
que escrevia, primeiro sinal de que se encontrava em um ambiente
majoritariamente masculino - e machista, devia acrescentar, mas não o fez.
Suou
frio, mas cumpriu a tarefa.
Pulou
a fogueira.
Com
ACM e tudo.
Elege
seus mestres no jornal: Tasso Franco, Chico Vasconcelos, Rêmulo Pastore.
A
morte de Isabel Santana, principal inspiradora e dirigente do Movimento
Feminino pela Anistia na Bahia, ativa militante a favor dos prisioneiros
políticos, que tivera filhos presos, o enterro dela foi a prova de fogo mais
decisiva.
Ouviu
com profunda atenção as palavras de Renzo Rossi, sacerdote que visitou todas as
prisões onde existissem presos políticos Brasil afora, dando a devida dimensão
à trajetória de Isabel Santana. Escrevi a biografia dele.
Mônica
não apenas ouviu: anotou cada sílaba durante a missa, no Cemitério do Campo
Santo.
Não
queria deixar que nada lhe escapasse - nenhum nome importante, nenhum lance,
nenhuma carta de preso, nenhuma homenagem.
Logo
depois, contratada.
O
exemplo de vida de Isabel Santana, jamais esquecido.
Agradece
o aprendizado de sete anos como repórter de Cidade no "Jornal da
Bahia".
Provavelmente
por essa experiência jamais ficou desempregada... #MemóriasJornalismoEmiliano
Comentários
Mônica
Bichara Afffffff, quanta saudade desse tempo. Obrigada mais uma vez Emiliano
por me fazer recordar
**************************************************
Emiliano José
12 de setembro 2019
Você é explorado, não fique aí parado!
Mônica
Bichara leva as mãos aos céus em forma de oração agradece a Deus e baiana aos
orixás por nunca ter ficado um único dia desempregada.
O
medo do desemprego sempre a acompanhou, confessa.
Por
isso, agradece as bençãos de Deus e dos orixás.
Talvez
devesse dizer, e silencia: ter sempre um emprego é resultado de sua dedicação,
esforço, talento.
Podia
dizer, sem ser pretensiosa.
Não,
nada de desprezar a ajuda de cima, que em terra de orixás não se duvida da fé,
a fé não costuma faiá.
Trabalho,
trabalho duro, a marca da trajetória de Mônica.
Os
sete anos do "Jornal da Bahia" foram cumpridos lado a lado com
assessorias nas secretarias de Administração e Educação do Estado e na bancada
do PCdoB na Câmara Municipal.
Ao
longo de sua vida profissional, sempre foi a correria de cumprir os dois
horários - o do jornal e o das várias assessorias por que passou.
Forma
de driblar os baixos salários.
Mesmo
quando nasceram as duas filhas, uma em 1987, outra em 1998, essa era a rotina.
Penso
na ideologia a cercar a profissão, como não fosse baseada na exploração da
força de trabalho, como não fosse estafante, como não fosse superexploração em
tantos casos.
Os
dois empregos, o corre-corre, ir de uma fonte a outra, checar, o medo de errar,
chegar à redação, escrever correndo, seguir para o outro trabalho.
O
fato de ser uma atividade inebriante leva a obscurecer o quadro da exploração.
Às
vezes, são necessários alguns anos de trabalho até que tal quadro venha à
consciência.
Às
mulheres, essas enfrentam doses extras de exploração.
Depois
de duas jornadas, o trabalho em casa, o cuidar das crianças, isso depois de ter
passado a fase da primeira infância, sair correndo da redação porque uma delas
adoeceu, cara feia do chefe...
Mole
não.
Tá
legal, eu aceito o argumento: a profissão é emocionante.
Mas,
não se esqueçam de que somos trabalhadores, trabalhadoras.
Força
de trabalho explorada como qualquer outra.
Particularmente,
as mulheres.
Isso
tudo as Mônica, Isabel, Jaciara, Linalva, Celinha, Einar, Norma, Mariluce,
Cely, Lúcia, Vera Martins, Rosa, Glória, Joana D'arck, Raquel, Gina, Rosália,
Lena, Mara, Ana Maria, Maria José, Mariana, Socorro, Alba, Nice Melo,
Margareth, Aurora, tantas outras sentiram na pele.
Enfrentaram
a dura vida do trabalho com dignidade e afirmaram-se como profissionais. #MemóriasJornalismoEmiliano
COMENTÁRIOS:
Cely Barbosa: Obrigada,
querido!
Mônica Bichara: Eitcha que tô
viajando nessas memórias (olha Clara Bichara, Liz Bichara, Tais Bichara, Celia
Moruz, Carmela Talento, Joana D'arck, Marina Soares, Jaciara Santos )
Graça Azevedo: Mônica Bichara
Sócia, estou orgulhosa de vc!
Mônica Bichara: Pensou que era
só Jaci Jaciara Santos que tinha moral? hehehe
Regina Celia Souza: Merecedora e qualifico
como pessoa os mais significantes adjetivos . Amei a homenagem !
Iracema Santos: Homenagem
merecida e verdadeira. Retrata de com singeleza o profissionalismo e mulher
batalhadora que Mônica é.
Mônica Bichara: Assim vcs me
deixam emocionada
Joana D'arck: Merece mesmo.
Profissional competente e ética, mulher retada! Parabéns, comadre!
Mônica Bichara: Joana D'arck
valeu comadre, vc e Sinva fizeram e fazem parte dessa viagem, na classe vip
******************************************
(Na editoria de política, coletiva de anúncio da candidatura de Mário Kertész)
Emiliano José
13
de setembro 2019
"E o emprego
que arrumei pro seu marido?"
Quem
de longe olha: Mônica sempre foi discreta, muito.
Até
o sorriso ao surgir.
A
afirmação, silenciosa.
É,
porque em redação há os barulhentos, os cheguei, fala aos borbotões.
Mônica,
o contrário disso.
Me
emociona vê-la cercada de tantas amigas, sobretudo amigas.
Sororidade,
diria o movimento feminista.
Verdade.
Mas,
conquista dela.
A
aura dela.
Escrever
sobre ela, descobri-la, talvez redescobri-la, tem sido uma experiência singular.
Esse
mergulho em minha trajetória jornalística, voltado à relação cotidiana com quem
compartilhou caminhada comigo, tem provocado reflexões ricas.
O
corre-corre das redações, só quem viveu sabe a loucura, provoca um alheamento,
alienação do que ocorre ao redor.
Você
nem sempre estabelece relações mais profundas com a colega o colega ao lado vai
tocando velozmente a pauta e as amizades que podiam crescer escapam pelos
dedos.
Alguns
poderão dizer ser um problema meu só meu.
Talvez.
Por
isso, por essa reflexão, me emociona muito assistir tanto carinho e amizade em
torno de Mônica Bichara.
Certamente,
ela olhou para os lados, foi solidária, construiu amizades, fraternidades.
Foi
encontrar-se com a política na Tribuna da Bahia - tempo da editora Carmela
Talento, e de Joana D'arck, Jânio Lopo, Raul Monteiro, Paulo Bina, Ivan
Carvalho.
Encontro
com a política no jornalismo.
Sempre
foi da política, inclusive do movimento sindical dos jornalistas.
Lembranças.
Jânio
Lopo, navegante já do reino dos encantados, foi amigo querido
Meu
repórter, sempre bem humorado, cobria a Sunab no tempo que ela tinha
importância.
Raul
Monteiro, até hoje me honra com sua amizade.
Paulo
Bina trabalhou lado a lado comigo quando fui Diretor de Pesquisa da Assembleia
Legislativa e cultivamos até hoje sólida, fraterna amizade.
Ivan,
presença serena.
Nossas
diferenças políticas nunca impediram uma relação fraterna.
Da
Tribuna, Mônica recorda de tocaia à noite aguardando fim de uma reunião quase
secreta na casa de Luiz Vianna Neto no Garcia só pra saber os integrantes, que
repórter não é gente.
De
entrevista com a lenda Chico Pinto.
De
testemunhar grosserias do governador ACM com os jornalistas.
Ouviu,
assistiu, ele reagindo a uma jornalista cuja pergunta o incomodara:
- E
o emprego que arrumei pro seu marido?
Nesse
dia, sentiu nojo.
Horror.
Como
um governador age assim?
ACM,
sempre.
Nunca
mudou o estilo.
O
uso do cachimbo faz a boca torta.
#MemóriasJornalismoEmiliano
COMENTÁRIOS
Mônica Bichara: Nossa, quanta
honra ter a trajetória contada assim por quem tem o dom da palavra, por quem
foi sempre referência
Margareth Cunha Lemos: Mônica Bichara
celeb, hein?
Mônica Bichara: Margareth Cunha
Lemos ui, tô me achando hehehe brincadeira, só bondade do autor
Cely Barbosa: Mônica Bichara
Carmela Talento
Socorro Araújo: Essa história
vem de longe, Emiliano. Dos tempos dos jornaizinhos do movimento estudantil na
antiga Escola de Biblioteconomia e Comunicação. Das chapas pro Diretório
Acadêmico com Rui César, Pedro Augusto e outros que ainda estão por aqui,
muitos ainda na luta, como Lula Nova. Das passeatas contra a ditadura. Dos atos
públicos pelas liberdades democráticas. E, por que não, das maravilhosas
mostras de som e dos fantásticos forrós de Arquitetura. Mônica tá de novo no
Sinjorba, num momento que o nosso e os outros sindicatos precisam ser
fortalecidos. Uma honra ser amiga de uma pessoa assim. Mais que isso, uma
felicidade encher o peito pra chamar vocês de companheiros.
Emiliano José: Socorro Araújo
que beleza de fala, Socorro. Pode me ligar? Beijo
Mônica Bichara: isso, Emiliano,
essa aí é um livro cheio de histórias
Mônica Bichara: Ai, Help, assim
cai um cisco no meu olho....Verdade amiga, nossas vidas se cruzaram na EBC e
nunca mais se afastaram (mesmo quando estamos afastadas). Socorro Araújo é uma
que eu amo e não é de graça, é pelo que ela é e transforma em nossas vidas
Lucia Correia Lima: Mulher amiga de
mulher é nobreza aliada da serenidade que Mônica tem e divide. Belo texto Emil!
****************************************************
Emiliano José
14
de setembro 2019
Na decoreba
É,
"e o emprego que arrumei pro seu marido", essa pequenez, esse jeito
vingativo, mesquinho de ser era característica permanente de ACM.
Qualquer
pequena perturbação, qualquer contrariedade em seu caminho, alguma pergunta de
jornalista considerada incômoda, e ele saltava com quatro pedras nas mãos.
Era
capaz de chutar canelas ousasse o repórter fazer perguntas impertinentes -
Fraguinha sabe disso muito bem.
Recebeu
chutes no dia da votação, na eleição de 1986, no Bahiano de Tênis.
E
era muito vasto o repertório considerado impertinente por ACM.
Mônica
vai viver experiências ricas de campanha política.
Acompanhou
a de Joaci Góes, candidato a senador em 1990.
O
chefe, Rêmulo Pastore.
Reminho
- nós o chamávamos assim, não obstante um sujeito grande, alto e forte.
De
bem com a vida.
Dono
da noite.
Alegre.
Fez
dobradinha comigo na minha primeira campanha, eu candidato a estadual, ele a
vereador.
Nem
eu nem ele nos elegemos.
Foi
meu chefe por um tempo no "Jornal da Bahia".
Na
campanha de Joaci, Roberto Santos era o candidato a governador.
Das
andanças, conta.
Nos
comícios, uma coisa intrigava Roberto Santos.
Joaci
falava com impressionante desenvoltura o nome de cada uma das lideranças.
E
eram três, quatro comícios num mesmo dia.
Que
porra é essa? - pensava Roberto.
Pensava,
que ele é incapaz de soltar um palavrão.
Como
consegue? - indagava-se
Ele
se enrolava todo, lembrava de um, esquecia do outro.
E o
diabo do Joaci a esbanjar memória.
Até
que um dia surpreende um assessor de Joaci entregando-lhe sorrateiramente um
papelzinho com os nomes das lideranças.
E
depois, ele decorando um a um.
-
Ah, então é assim que você consegue, né? - disse Roberto, descobrindo a
pólvora.
Deve
ter pedido a seus assessores que adotassem o mesmo procedimento a partir dali.
Joaci,
no entanto, sou testemunha, tem memória prodigiosa.
Estive
com ele em campanhas.
Certamente,
utilizava esse ardil numa primeira visita ao município.
Numa
segunda, teria tudo na cabeça.
De
cor e salteado. #MemóriasJornalismoEmiliano
COMENTÁRIOS
Mônica Bichara: Quem TB foi
vítima das grosserias do velho ACM foi Casemiro Neto, tenho até hj cópia de uma
carta q escrevi em solidariedade a ele. A patada foi em resposta a uma pergunta
sobre boato de q ele estaria financiando a campanha de um famoso esquerdista.
"Se eu tivesse dinheiro pra financiar alguém, financiava sua mãe",
respondeu no microfone da TV Aratu. Uma resposta que agredia toda a categoria,
não só o repórter
Emiliano José: Mônica Bichara
São muitos os casos...
******************************************************
(Diretoria do Sinjorba com Raimundo Lima presidente)
Emiliano José
15
de setembro 2019
Salva pelos
mencheviques...
Andou,
Monica.
Menina,
assessorou a bancada do PCdoB na Câmara Municipal.
Bancada
de responsa: Lídice da Mata, Jane Vasconcelos e Ney Campelo.
Os
três, nascidos na luta.
Esteve
na equipe chefiada por Raimundo Lima na brilhante campanha de Lídice da Mata
para prefeita de Salvador.
Lídice
terá um mandato sob cerco permanente, ACM acossando de todos os lados.
Lembro
artigo "Salvador sob estado de sítio", escrito por mim, defendendo-a,
e à sua administração..
Publicado
na "Tribuna da Bahia".
Em
matéria de perseguição, o velho coronel era mestre.
Volta
à Câmara Municipal em 1993, e chega à chefia da assessoria de imprensa.
Lembrando:
sempre dois empregos.
Um
só não garantia o pão na mesa
Viveu
a rica experiência de trabalhar 11 anos sob a chefia de Linalva Maria de Souza
e Diogo Tavares, na Editoria de Economia do "Correio da Bahia".
Às
mulheres demoraram, mas chegaram.
Mônica
revela a emoção de ter tido a chance de ter trabalhado com duas chefias
femininas: Linalva e Carmela.
Sente
até hoje a morte de Lina.
Estava
na redação, e recebe a notícia.
Dia
10 de outubro de 2007.
Havia
dois dias estivera com ela no Hospital Aliança.
Gostava
demais dela.
O
abalo com a notícia, com a perda, foi imediato: enfarto.
Vinha
de movimento estudantil e envolveu-se com a luta sindical.
Participou
de três gestões do Sindicato de Jornalistas Profissionais do Estado da Bahia.
E
quando pensava estar longe da militância sindical, é convocada agora por Kardé
Mourão, e está na nova gestão, presidida por Moacy Neves.
Militância
sempre ampliada, participou do Comitê de Defesa da Amazônia e do Comitê
Estadual do Fome Zero.
Ironia
da história: enfrentou ditadura, encarou ACM, militou sob riscos, e foi viver
um dia de terror numa simples cobertura.
Cobrir
greve de taxistas.
Prefeito,
Mário Kertész.
O
"Jornal da Bahia" publicou editorial duro contra a greve.
Mônica
saiu para a cobertura sem ler.
Ela,
fotógrafo novo, Serginho, e Azambuja, motorista.
A
assembléia acontecia num terreno ao lado da Casa do Comércio.
Recebidos
com violência, chutes no carro, a porra toda.
Medo,
medo, medo.
Levados
pro meio da turba.
Taxistas
virados no estopô do cabrunco.
Eles,
no centro da roda, esperando a votação: deveriam ou não comer o jornal?
Por
pouco não foram obrigados a mastigar o "Jornal da Bahia".
Despontou
um grupo ponderado, não ficaria bem fazerem aquilo, pegaria mal, deixa a menina
e os meninos irem na paz...
Discussão
demorada, bolcheviques contra mencheviques, gritaria dos diabos.
Mencheviques
venceram.
Saíram
de lá protegidos por eles.
O
dia de cão terminou.
Mônica
não esqueceu.
Vingança:
hoje só pega Uber. #MemóriasJornalismoEmiliano
COMENTÁRIOS
Mônica Bichara: Esse caso dos
taxistas foi terrível, nunca esqueci mesmo. Tremi igual vara verde, mas
encaramos. Outros repórteres TB foram recebidos com terra. Nunca vi uma coisa
daquela. E a "guerrilheira" toda feliz q ia cobrir greve kkkk só
rindo (agora).
Falar
de Lina é uma doce lembrança, de Carmelinha (Carmela Talento) então, nem se
fala. Tive muita sorte, Raimundo Lima é outro querido. E militar com ele no
Sinjorba, assim como com Alberto Freitas, Kardé Mourão, Joana D'arck....me
deram o estímulo para recriar coragem e abraçar esse novo desafio com Moacy
Carlos Almeida Neves, Isabel Santos, Jeremias Silva, Rubens Neuton, Regina De
Sá, Fernanda Gama, Ari Donato, Nestor, Levi, Elói Corrêa.......
Kardé Mourão: Quantas
histórias em Emiliano José.. Viver com Monica momentos de lutas e tantos outros
colegas e amigos, camaradas enriqueceram a militância e, sobretudo, minha vida.
Lembro-me perfeitamente de um ato público, que não podia ser na rua, no Colégio
das Mercês final de 1978/79...na luta pela Anistia, ou outro tema por
liberdades...Conheci você ali entusiasmado e tantos camaradas do PCdob, Ana
Guedes, Diva Santana, a PM pertinho da gente na Avenida Sete.. e a gente protestava...aquela
luta Vencemos!
Emiliano José: Kardé Mourão
Você ali devia estar com uns 10, 12 anos. ..
Kardé Mourão: Emiliano José,
que nada criatura eu tinha 18 anos kkkkk
Mônica Bichara: Quantas
lembranças, né Kardé? Desde a faculdade e por toda a carreira. A mais
assustadora foi a da passeata que desceu pelo vale do Canela em direção ao
Tororó, quando fomos surpreendidos pela PM, bomba de gás lacrimogênio queimando
os olhos, corre-corre à procura do socorro dos moradores. Com Manu Dias tb vivi
uma passeata tensa, cobrindo para o JBa, um PM derrubou o colega e pisou no
peito dele para tomar a máquina. Tremi, mas resistimos ali convencendo que era
trabalho, imprensa. Lembra disso, Manu?
Manu Dias: Mônica Bichara
recordar é viver...não pensei q ia viver issso tudo novamente colega...vamos
pra frente, vai dar um trabalho retado...
Manu Dias: Vamos sim
reconstruir esse país novamente. Nossos netos merecem.
Kardé Mourão: Mônica Bichara
querida e Manu Dias.. são muitas lembranças no Comércio então....Era greve
geral, um tenente comandando a tropa, Pm's quebraram o equipamento e o braço de
Manu.. um cachorro mordeu Socorro, ela trabalhava na TVE, nos abrigamos atras
de uma banca de revista e eu dei uma carteirada pra atravessar a rua, "Sou
jornalista, do Sindicato, solta me colega".... os cachorros não paravam de
babar.. como tive medo.!.. depois fomos para o quartel dos Aflitos...Manu
lembra disso, como lembra...
Emiliano José: Kardé Mourão,
Manu, herói da resistência, nos últimos dias já andou 200 quilômetros em
Santiago de Compostela... Além do que já passou.
Mônica Bichara: Kardé Mourão
esse eu não estava
Zora
Motta
👍👏✊🏾
Joana D'arck: Adorei a
vingança! Foram tempos difíceis. Mas hoje enfrentamos outro tempo ainda pior,
com o ódio e a ignorância brotando por todo canto e espaços físicos ou
virtuais.
************************************************************
Emiliano José
19
de setembro 2019
Uma periferia
abençoada
As
trajetórias de Jaciara, Isabel e Mônica, afora a riqueza das vidas de cada uma,
me impressionaram por um aspecto: elas ganharam o mundo vindas da periferia, e
de uma mesma periferia.
Fazenda
Grande, Capelinha de São Caetano, São Caetano, Alto de Perus compõem, guardadas
as singularidades, uma periferia, com unidade cultural, marcas da pobreza, do
abandono pelas políticas públicas.
Você
anda pelas ruas centrais, mas não conhecerá nada se não olhar para os lados,
para as quebradas entra em beco sai em beco ai se chover corre o risco de
estapocar-se no chão sorte se de bunda choque macio pior se aparar com o braço
corre risco quebrar carece cuidado andar pelas espinhas do peixe porque Salvador
assemelha isso nas periferias.
Partiram
dali Mônica, Isabel, Jaciara para ganharem o mundo, mundo mundo vasto mundo e
nenhuma se chamava Raimunda.
Gozado,
deve de ser sina, destino, diabo seja, mas a região tem tempo parece me
perseguir.
Lembro
de ponto clandestino marcado com Otto Filgueiras na Fazenda Grande em 1970, e a
gente sem nem sentir caminhar caminhar conversa animada sobre rumos da
Revolução e de repente nos despedirmos no Campo Grande.
Dinheiro
curto alegria de andar e conversar.
Subindo
pelo Retiro, 1979, dirigindo meu Fusca, Mariluce Moura no banco do carona,
pedir ajuda financeira a Renzo, vigário da Capelinha de São Caetano, para ida a
Brotas de Macaúbas, primeiros passos de "Lamarca, o Capitão da
Guerrilha".
Naquelas
quebradas, muita gente militou.
Benjamin
Ferreira de Souza é cria da Capelinha.
Preso
comigo.
Tibério
Canuto morou por ali.
Preso
comigo.
Itajaci
é do pedaço, notável jogador de futebol.
Preso
comigo.
Denilson
Vasconcelos e Nemésio Garcia andaram por lá em 1968 com grupo de teatro
revolucionário.
Presos
comigo
Waldemar
Oliveira, Vavá, vereador e o escambau, militante desde sempre, é filho da
Fazenda Grande, de papel passado e tudo, casa com escritura lavrada, filhos
nascidos ali, povo da Bahia esperando seu livro com as deliciosas histórias
eróticas do bairro, vividas de perto por ele, cronista da melhor estirpe, ainda
mais se embalado por uma puro malte.
Valdenor,
amizade de 1970, foi vereador, também é de lá.
Anete
Brito Leal Ivo foi deslocada, era esse o termo, para fazer trabalho político no
fim de linha de Capelinha de São Caetano, em 1968, pela Ação Popular,
organização revolucionária a que também pertenci.
Depois,
foi mandada com o marido Rubem Leal Ivo para a região cacaueira.
Tornou-se
respeitada professora da UFBA.
E
são inesquecíveis as longas jornadas, conversas sem fim, com Renzo, no pequeno
convento onde morava na subida para a Fazenda Grande, indo pelo Retiro.
Deu
livro e filme.
Deixou
saudade do tamanho do universo.
Vá
lá entender por que uma periferia como aquela dá tanta gente assim disposta a
mudar o mundo.
Olhando,
começo a entender como as comadres Jaciara, Isabel e Mônica ganharam o mundo.
Beberam
nas águas daquela fonte...
Amanhã,
prometo, Jaciara começa a penetrar de vez no mundo de uma redação, estranho
mundo.
#MemóriasJornalismoEmiliano
COMENTÁRIOS
Jaciara Santos: Ainda bem que
hoje você pegou leve comigo... Se ligue: meu estoque de lenços de papel está
acabando. Agora, falando sério, muito bacana essa sua série, querido. Por que
não transforma #MemóriasJornalismoEmiliano
em livro? Acho que dá samba, viu? Beijos.
Emiliano José: Jaciara Santos
Professor Zeca Peixoto já sugeriu. Topa ajudar ao final?
Jaciara Santos: Emiliano José
bora
Emiliano José: Jaciara Santos
Ótimo
Jaciara Santos: Minha relação
com Mônica Bichara e Isabel Santos é mais uma dívida de gratidão que tenho para
com o Jornal da Bahia. Nossa amizade começou na redação da Barroquinha. e se
consolidou ao longo do tempo. Trilhamos os mesmos caminhos sem que nos
percebêssemos tão próximas. Andamos pelas mesmas ruas estreitas e sem
calçamento, passávamos pela feirinha do Largo da Argeral, pegávamos os velhos buzus
da ITT, sem imaginar o grande encontro que nos reservava o futuro. Foi o JBa.
que propiciou esse reencontro de almas. Digo reencontro, porque não tenho a
menor dúvida de que nossa amizade atual é a continuidade do amor fraterno que
vivemos em outras de nossas jornadas aqui no planeta. Obrigada a você,
Emiliano, por este resgate de memórias.
Emiliano José: Jaciara Santos
Confesso alegria e emoção por reencontrá-las. Isabel, tinha mais proximidade.
Participou de campanhas minhas. Você e Mônica, menos. Estou em busca do tempo
perdido, descobrindo espíritos fortes, mulheres ousadas. Antes, de longe.
Agora, de perto. Estranho seja só hoje. Mas ainda bem esteja me aproxegando...
Candidato a cumpadre. Se me aceitarem...
Jaciara Santos: Emiliano José
vamos avaliar rs rs rs
Emiliano José: Jaciara Santos
aguardo, no gargarejo...
Zeca Peixoto: Emiliano José às
ordens, mestre!
Graça Azevedo: Emiliano José
Essas histórias devem ser contadas.
Mônica Bichara: Pois é, comadre,
certamente dividimos o mesmo buzu da ITT e de outras vidas. Morria de medo
daquela ladeira antes do largo, nem me lembre. Logo depois nos mudamos de São
Caetano e não chegamos a voltar do trabalho juntas no ITT. Mas aí veio o
melhor: compramos 2 APs (se é q se pode chamar assim, quitinetes) no "cortiço"
(né Mema Iracema Santos?) da Ladeira do Funil, um em cima do outro. Que Zap que
nada, pra chamar a outra pra janela era no cabo de vassoura ou na pisada forte
kkkkkkk Podemos dizer que moramos juntas, né comadre? Tempo maravilhoso, aquele
"cortiço" era o nosso palácio, primeiros imóveis que chamamos de
nosso. E olhe que estávamos no primeiro emprego. Valeu Emiliano José por tantas
lembranças. O livro tá de pé, vamos cobrar
Jaciara Santos: Mônica Bichara
eita, se Iracema Santos entrar aqui, vai rolar baixaria kkkkkkkkk
Mônica Bichara: Jaciara Santos
kkkkkkk vai negar que conhece as Sete Portas
Graça Azevedo: As sócias
Jaciara e Mônica Bichara têm muito que contar
************************************
Emiliano José
21-09-2019
O comadrio
Vou
escrevendo, e ela me leva.
Ela,
a escrita.
Tenho
convicção: somos conduzidos.
Não
conduzimos.
As
coisas vão surgindo, o texto sai, e eu vou lendo.
Parece
meio fantasmagórico.
Mas,
não é.
Coisas
da vida de quem escreve.
E se
for artes de fantasmas, bem-vindos sejam.
Pensava
em compadres e em comadres.
De
compadrio, ouvi muito falar.
Para
o bem, para o mal, mais para o mal.
De
comadrio, nunca.
Surgiu
agora, só para o bem.
Isabel,
Mônica, Jaciara.
O
jornalismo promoveu o encontro.
Nunca
mais se apartaram.
Elieser
Cesar, grande escritor e amigo, nasceu nas redações para assombrar o mundo com
sua ficção, escreveu belo texto sobre elas, o comadrio revelado, bem revelado.
Curioso
tenham vivido tempo lado a lado sem se conhecerem na mesma periferia de
Salvador: Capelinha, São Caetano, Fazenda Grande.
Andaram
tempão tenra juventude por aqueles becos sinuosos ruas estreitas barro poeira
quem sabe esbarrando uma nas outras sem estabelecer contato.
Passavam,
as três, pela feirinha do Largo da Argeral, pelos mesmos caminhos, pegavam os
estropiados ônibus da ITT.
Não
sei se as outras duas sentiam o medo de Mônica, quase vertigem, quando o
motorista querendo se amostrar pisava no acelerador na descida da ladeira cujo
destino era o Largo do Tanque.
"Nem
me lembre" - Mônica jamais se livrou da péssima sensação, medo, medo.
Tinham,
no entanto, um encontro marcado.
Jaciara
recorda ter sido o "Jornal da Bahia" a propiciar esse reencontro de
almas.
Acredita,
e fé é fé, ter sido um encontro a dar continuidade a um amor fraterno vivido em
outros tempos, salve salve.
Por
isso, reencontro.
E aí
Mônica se derrama em ternura:
-
Quando chego ao "Jornal da Bahia", Jaciara de pronto me estende a
mão, me dá dicas diárias, pegue o máximo de detalhes para descrever o ambiente,
humanize o texto.
De
Isabel, a mesma Mônica:
- A
primeira vez foi na Cantina da Beré, na Escola de Biblioteconomia e
Comunicação, nossa EBC, depois FACOM.
Já
militante, dirigente do Diretório Acadêmico, Monica chamara coletiva, e aparece
Isabel, de A Tarde.
Sentiu
a profissional, o cuidado nos detalhes, perguntas apropriadas, atenção com os
estudantes.
Amor
à primeira vista.
Pra
não largar nunca mais.
Essa
amizade, esse comadrio, é mais uma dívida de Jaciara com o "Jornal da
Bahia".
Confessa
a dívida, convicta.
De
Jaciara?
Não,
dívida das três.... #MemóriasJornalismoEmiliano
COMENTÁRIOS
Mônica
Bichara: Eitcha que esse comadrio vai virar novela. A novela do reencontro de
almas jornalísticas. Valeu Emiliano José por mais essa emoção. Falar de Jaciara
Santos e Isabel Santos é só motivo de emoção, de alegria, de agradecimento. Com
certeza temos uma dívida de gratidão ao Jornal da Bahia por esse encontro, por
essa irmandade. Já que não foi no buzu da ITT, tinha que ser de outra forma.
Estava escrito nas estrelas
Jaciara
Santos: Mônica Bichara coisas que a ciência não explica: uma loira, duas
neguinhas... Irmãs gêmeas. É amor demais. Valeu, Elieser Cesar. Valeu, Emiliano
José...
*********************************************
(Livro "Não deixe esta chama se apagar", de João Falcão, relação dos ex-colaboradores)
(Em Sobrainho. Vestindo, literalmente, a camisa do JBa)
(Visita de Dom Avelar Brandão Vilela à antiga invasão das Malvinas, hj Bairro da Paz)(Em Sobrainho. Vestindo, literalmente, a camisa do JBa)
(Primeiro chefe, Tasso Franco - detalhe para o broche das Diretas Já!)
(Representando a Assessoria de Comunicação da Câmara de Salvador)
(Outras irmãs queridas que o jornalismo me deu, Luciana Amorim e Ceres Santos - Amoooooo)
(Entrevistando o ator Jorge Dórea no antigo Hotel da Bahia)
(Em cachoeira com Ilse, a viúva (tb já faleceu) de Hansen Bahia)
Praça da Revolução, Havana
(Defendendo o diploma, no desfile do 2 de julho, com Bel, Jô, Carmela e Sinval)
(Diretas Já!)
(Cobrindo Carnaval, turbante do amigo Reminho)
(Editoria de Economia do Correio da Bahia, única foto que achei com a querida Linalva)
(Prêmio de jornalismo do TCE)
(Na Câmara entrevistando Antônio Pitanga)
(Outro comadrio, com Jaci, Bel, Arlita e Márcia Matos)
(Prêmio Vladimir Herzog a Aloísio Araújo, Fofão, por João Bacelar, então presidente da Câmara Municipal)
(Lavagem do Bonfim, era de lei o banho de cheiro)
(Na Câmara, foto de Sora Maia)
Com a camisa da Arfoc)
(As comadres e filhas juntas no #EleNão)
(Com o colega fotógrafo Fred Passos)
(Cobrindo reunião de vereadores com o então prefeito Manoel Castro, como assessora de Jane Vasconcelos)
(Com Clara, no plenário da Câmara)
(Na EBC, em frente à Cantina de Beré, com Luís Sérgio - Nikas - e o saudoso Vicente Sarno)
(Cantina de Beré, com Sônia Vieira, Magel Castilho, Lourdinha e Tânia)
Na assessoria da Câmara, acompanhando vereadores em desabamento de casas na Baixa do Retiro)
(Na coordenação da Assessoria da Câmara, com João Bacelar presidente, explicando aos novos vereadores o que era notícia pelo interesse público)
(Lançamento do Mídia4P no 2 de Julho)
(Voltando à ativa no Sinjorba, graças ao movimento Começar de Novo, liderado por Moacy Neves)
(Homenagem a Anízio Carvalho na Câmara - obrigada, Aladilce, por ter nos proporcionado esse momento)
(Outro momento que agradeço a Aladilce, título de Cidadão de Salvador a Jean Wyllys. Orgulhoooo)
(Fiscais de obras prontas - fábrica da Ford)
(Meu ídolo Luiz Melodia homenageado na Câmara)
Comissão da Verdade na Reitoria da UFBA)
(Manifestação e audiência pública na Câmara em defesa do diploma)
(Formatura, Irecê e Kardé de oradores)
(O primeiro comadrio, batizado de Luciana)
(Equipe atual da Câmara)
(Com Benvindo Sequeira e Juca Ferreira)
(Paixão Barbosa)
(Dailton Mascarenhas e colegas do Encontro de Assessores de Imprensa em Campo Grande)
(Top de Marketing da ADVB para o programa A Voz da Cidade, da Câmara, com Bacelar e equipe da Leiaute Propaganda)
Essa iniciativa de Emiliano tá mexendo muito com a gente! Não deu pra não me emocionar com os momentos de sua trajetória narrados por ele, tão importantes e reveladores da sua personalidade, da mulher guerreira e sensível que você é, da profissional competente e corajosa. Parabéns para os dois! O escritor e a "personagem"
ResponderExcluirSó queria acrescentar que além de apresentada sob a ótica de um colega jornalista e escritor que escreveu a biografia de ninguém menos do que Waldir Pires, ele publicou antes antes, em parceria com o também jornalista Oldack de Miranda, o livro "Lamarca: o capitão da guerrilha", sobre Carlos Lamarca, que serviu de roteiro do filme Lamarca de Sérgio Rezende e Marighela, e "Carlos Marighella - o Inimigo Número um da Ditadura Militar".
Pois é, essa biografia só aumenta nosso orgulho. Valeu Emiliano
ResponderExcluirParabéns, Mônica, por esta bela trajetória. Parabéns a Emiliano pela iniciativa.
ResponderExcluirQue bom te ver aqui, Formosinho, brigadão querido
ResponderExcluirQuero parabenizar Emiliano pela iniciativa. Grande homenagem. Mônica merece...Eu tb me emocionei, principalmente porque ainda Dente de Leite acompanhei muita coisa de perto. E falar de Linalva e Reminho realmente me deixou com os olhos cheios de lágrimas
ResponderExcluirDe quem é o último comentário? Não se identificou. Mas obrigada pelas palavras.
ResponderExcluirQue linda trajetória! Parabéns Monica pela garra e determinação, parabéns Emiliano por escrever tão bem! Tô amando a leitura, seu estilo me encanta! Parabéns! Gratidão e orgulho!
ResponderExcluirValeu Andréa, imagine a emoção em virar personagem. Ainda mais pelo talentoso Emiliano José. Muita responsa
ResponderExcluirQue linda história dessa querida gata. Emiliano iniciou um belo momento no Jornalismo baiano, valorizando a trajetória das mulheres. Mônica, com sua garra, ética, despreendimento, solidariedade... é um exemplo para a categoria. Bjos
ResponderExcluirObrigada Bebel, seus capítulos também foram sensacionais. Só temos a agradecer a Emiliano José por nos traduzir tão lindamente e resgatar essa fase do jornalismo baiano
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