"Pode ser sim companheiro"

Jadisom fechava a Tribuna entre 11h e meia noite depois de soletrar pausadamente em voz alta cada texto e título da primeira página. Uma agonia. Não suportando o suplício, nesta hora invariavelmente já estávamos no Abaixadinho, eu , José, Vicente, Janio, Domingão envolvidos em polêmicas absolutamente indispensáveis.
Jadisom embora chegasse por último era um dos primeiros a marear. Quando Zé, o dono da espelunca, nos colocava educadamente pra fora, íamos para o Alagoano, na Sete Portas, tomar a saideira. Depois ia cada um para seu lado. Domingão para Itapagipe, Vicente para o centro da cidade, José para o Engenho Velho (tomar a saideira em Antonio) e eu pro Ex-Tudo. Era todo dia a mesma coisa.
Jadisom tinha a mania de esquecer as coisas após o quarto uísque, mas chegava sempre ao destino. Houve uma época em que começou a dormir no carro pelas ruas da cidade, quando estas eram seguras. Mas sempre no mesmo trajeto. Da Djalma Dutra subia a Boa Vista de Brotas até o destino final.
Nunca lembrava o que havia feito. Numa destas manhãs notou que seu fusca amarelo estava todo lapeado na lateral. Preocupado refez o trajeto de sempre e percebeu um carro estacionado e arranhado de amarelo.
Desceu, bateu à porta e disse à senhora que atendeu que provavelmente ele teria batido no carro em frente à casa. A véia disse que sim e que o carro era do filho desempregado, àquela hora com a mão na cabeça.
Moral da história : "Homem que não bebe não merece confiança"

Comentários

  1. Belos tempos, companheiro, morro de saudades, me dá um nó na garganta quando paro um pouco recordando. E concordo com a moral da história, claro que há algumas poucas exceções... poucas!

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  2. Evidentemente!!!! Vc só esqueceu de dizer que antes de sair Jadson queria pagar a conta cinco vezes e revistava os bolsos (uns 10 só na calça) outras cinco pra conferir se tava tudo no lugar. Fuguraçaaaaaaaaaa!!! Volta logo Jadson que tamos com saudade. Quero perguntar de novo sobre o filme Evita: como é mesmo aquela parte do almirante??????

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  3. Afmaria! Quanta nostalgia! Assim também quero lembrar umas histórias. Jadson, cadê Bosquilho e as suas mil e tantas mulheres? Ou eram mais de 2 mil? E o uísque com cerveja que só você, Vicentão e Frank Sinatra tragavam com tanto charme? E Chico tentando nos vender a assinatura da Veja? E aquela história de Bosquilho dizer que Sinval passou a me buscar na Tribuna com medo do diabo loiro? Hehehe... só Bosquilho mesmo pra sair com a aquela! Ai gente! Temos muitas histórias boas para lembrar e recontar. Abusem desse espaço de reencontro nosso. E quem quiser que conte outra!

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  4. valeu,Joana pelo comentário lá embaixo.

    Nesse clima de nostalgia, recordações das idas ao Mercado das Sete Portas para comer mocotó, depois de uma boa noitada, com queridos companheiros, um deles, o saudoso Reminho Pastore - época do Jornal da Bahia. Lembra-se
    Mônica?. Como diz o dito, a gente era feliz e não sabia. Tínhamos até o boxe preferido, de uma mulher que caprichava na iguaria.
    E o boteco no JBa, na Barroquinha? Era tão pequeno que a gente se espremia.
    Outras lembranças virão...
    Bjs!

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  5. E quando Mônica pedia ao chefe de reportagem para cobrir as apresentações de Cid Guerreiro, seu ídolo e símbolo sexual.

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  6. E quando Mônica pedia ao chefe de reportagem para cobrir as apresentações de Cid Guerreiro, seu ídolo e símbolo sexual.

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  7. Cid Guerreiro!!!! Colé a sua, Araka? Aliás, nessa foto aí vc tá parecendo um axezeiro kkkkkkkk
    Só pela provocação vou contar uma desse louco varrido: ele teve a cara de pau de tratar a mulher do dono do jornal (Joaci Góes, da Tribuna), de balzaquiana, numa legenda do próprio jornal, quando tirava férias de Zé Sinval. Com um editor desse empresário nenhum precisa de inimigo hehehe Cuidado, JÔ, esse seu colaborador é sem noção total

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  8. Ô Monica, essa aí das balzaquianas foi Irepinga. Não troque os pingas! Mas você tem razão quanto à foto do axezeiro kkkkkkkkkkkk

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  9. Xí! Troquei os pinguços compadres. Essa foto ele tirou na saída do Araketu. Né, Araka?

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  10. O Magro tá na conserva!!
    Faltou um parceiro freqüente do Abaxadinho, o Magro! Ele também tinha dupla jornada e fazia parte da turma que fechava a Tribuna da Bahia. No dia seguinte, quando Sinval chegava no Sindae não tinha quem agüentasse o "bafo de tigre", era ele falar e galera dizia: Sinval, põem limão, encarar uma crua pelo bafo assim de manhã cedo não é mole não. Mas o Magro é resistente, parece litro: vai aguentar cachaça assim lá no alambique!!!
    Emilson

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