O troféu mais cobiçado do Los Angeles Brazilian Film Festival, o de Menção Honrosa, foi conquistado pelo doumentário longa Guitarra Baiana- A Voz do Carnaval, do cineasta baiano Daniel Talento, da Tia Maria Filmes. O músico Aroldo Macedo, uma das fontes do documentário, representou a equipe na solenidade de entrega da premiação, na noite de sexta-feira (19), quando ressaltou a importância do instrumento que, como mostra o filme, revolucionou a estética do Carnaval de Salvador, transformando-o na maior festa popular do planeta.
Maior festival brasileiro fora do Brasil, o LABRFF, organizado pelos baianos Meire Fernandes e Nazareno Paulo, contou com diversas produções abordando as mais variadas temáticas. Os organizadores do festival declararam que a entrega do prêmio ao filme foi emocionante.
O filme Guitarra Baiana mostra a história do instrumento genuinamente baiano, que nasceu das mãos de Dodô e Osmar com o nome de “pau elétrico”, intercalando registros históricos com depoimentos de artistas como Caetano Veloso, Moraes Moreira, Armandinho Macedo e Aroldo Macedo.
Falam sobre a importância do instrumento, também, Missinho, Luiz Caldas, Júlio Caldas, Morotó Slim, Maestro Fred Dantas, Maestro Spok, professor Paulo Miguez, radialista Perfilino Neto, luthier Elifas Santana, Jackson Dantas, Durval Lélys, Lito Nascimento e Fred Menendez.
Além de Daniel Talento a equipe de produção do filme é formada por Carolina Migoya (roteiro), Petrus Pires (fotografia), Rógerson Cunha (produção), Rickson Bala (som direto), João Lins (edição), Bob Bastos (mixagem e trilha), Fernando Sequeira (colorista), Ricardo Rama e Kátia Campos (produção executiva).
A história
No início dos anos 1940 a dupla Dodô & Osmar teve a ideia de construir um novo instrumento, após uma apresentação do músico Benedito Chaves com seu "violão elétrico". Com um captador acoplado à caixa acústica e ligado a um amplificador, perceberam que dava grande sonoridade.
Dodô era técnico em eletrônica e, depois de muitos testes, inseriu o captador num corte de madeira maciço para evitar a microfonia. Nascia, assim, o pau elétrico, que para muitos viria a ser a primeira guitarra elétrica do mundo.
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